A falta do filtro pode causar envelhecimento precoce, ressecamento, lesões pré-cancerosas e até mesmo o câncer de pele

A estação oficial do calor ainda não chegou, mas as temperaturas mais quentes apareceram frequentemente durante este ano, mesmo no inverno. Desde os fãs de skin care aos que não são tão atentos aos cuidados com a pele do rosto, o uso correto do filtro solar é indispensável em todos os dias e não só nos que o sol aparece. 

Em qualquer mês do ano o protetor é um grande aliado para evitar diferentes problemas na pele, entre eles o envelhecimento precoce, o ressecamento, as lesões pré-cancerosas e até mesmo o câncer de pele.

Os raios ultravioletas A e B, que penetram na pele, causam danos e têm efeito acumulativo. Por isso, os cuidados não podem ser deixados de lado para evitar também as manchas e rugas, além das possíveis doenças dermatológicas.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) de São Paulo, o Fator de Proteção Solar (FPS) mais indicado é de no mínimo 30, porém a recomendação ampla não dispensa a necessidade da consulta individual ao dermatologista. No geral, a indicação é de "uma colher de chá de protetor solar no rosto e no pescoço".

O uso diário de protetor solar é recomendado em todas as estações, já que a exposição não acontece apenas com a pele exposta diretamente ao sol, protegendo-a também das radiações UVA e UVB.

— A radiação UVA possui intensidade constante durante todo o ano, atingindo a pele praticamente da mesma forma durante o inverno ou o verão. Ela penetra profundamente na pele, sendo a principal responsável pelo fator envelhecimento e também influencia no surgimento do câncer. 

Já os raios UVB penetram superficialmente na pele e causam as queimaduras solares — explica o dermatologista Daniel Dziabas, membro titular da SBD, enfatizando que "a radiação UVB tem sua incidência aumentada durante o verão, especialmente entre 10 e 16 horas".

Como usar corretamente

Até nos dias nublados o filtro solar não deve ser esquecido. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a aplicação deve ser feita no mínimo 30 minutos antes da exposição solar.

E não basta aplicar apenas no início do dia. É indicado que seja feita uma reaplicação a cada três horas. Para dias de mais transpiração, exposição solar prolongada ou depois de sair da água, o indicado é que o intervalo diminua para a cada duas horas.

Para garantir a eficácia do produto, a aplicação deve ser uniforme. A dermatologista Jucele Bettin, da Clínica FEM, em São Paulo, e membro da SBD, alerta ainda que para o rosto é necessário um produto próprio:

— A pele do rosto, em geral, é mais oleosa que a do corpo. Por isso, para evitar o aparecimento de cravos e espinhas, o ideal é optar por um protetor solar oil-free ou em gel — alerta a dermatologista.

*Estagiária sob supervisão de Adriana Dias Lopes.


Fonte: O GLOBO