Prestes a completar 36 anos de idade, argentino pretende permanecer na seleção, mas presença em um novo mundial é dúvida
Ao longo da Copa do Mundo do Catar, no fim do ano passado, Lionel Messi afirmou algumas vezes que aquele era seu último mundial. Em entrevista ao jornal argentino "Olé", capa da edição desta sexta-feira, o camisa 10 ainda não crava que está fora do cenário de Copas do Mundo, mas afirma que a possibilidade é muito difícil.
— Não sei, sempre disse que pela minha idade parece muito difícil chegar lá. Amo jogar futebol, amo o que faço e enquanto estiver bem, me sinta em condições físicas e estiver desfrutando, vou fazer (seguir jogando). Mas me parece muito (ficar) até o próximo o Mundial.
Messi está com 35 anos. Em junho, completa 36 — ou seja, completaria 39 anos no meio do mundial que será disputado em Estados Unidos, México e Canadá.
Campeão do mundo no Catar, o jogador deu afirmou que seguirá vestindo a camisa da seleção argentina "um pouquinho mais". Mas novamente questionado sobre 2026, voltou a falar sobre idade.
— Digo a você que não me adianto a nada. Mas repito, por idade e tempo me parece que é difícil. Mas depende de como vai ficar minha carreira. Vou fazer 36 anos, vamos ver para onde vai, o que vou fazer, depende de muitas coisas.
Lembranças da Copa
O craque revelou que segue guardando todos os objetos que utilizou na final contra a França, em dezembro, inclusive o manto que recebeu do emir do Catar. Os itens vão para um museu pessoal na casa do jogador em Barcelona.
— Tenho tudo, tudo. As chuteiras, as camisas, o manto. Está tudo no predio de Ezeiza (complexo esportivo da AFA, na Argentina).
Messi elogiou companheiros, incluindo o técnico Lionel Scaloni, que torce pela permanência. Também falou sobre bastidores do título, como o fato de De Paul ter sido o autor da sua foto com a taça na cama. O craque explicou ainda a emoção de poder enfim tocar na taça do mundo, para a qual confessa só ter olhado no fim do jogo. Em 2014, a Argentina foi vice-campeã do mundo ao perder pra a Alemanha no Maracanã. Messi foi eleito o melhor daquele torneio.
"Tive que esperar muitíssimo. Depois de tanto tempo na seleção, em mundiais anteriores, ficar tão perto em 2014, de vê-la ali tão pertinho sem poder fazer o que fiz dessa última vez...", desabafou.
Ainda em plena atividade no PSG — marcou um golaço na vitória por 3 a 1 sobre o Montpellier, nesta semana, ele admitiu que a carreira pode ser bem fechada com a conquista da Copa, especialmente encerrando um longo jejum argentino de conquistas no torneio — a última foi em 1986, com Diego Maradona.
— Foi um momento muito especial para os argentinos serem campeões do mundo. Ficou explícito nos festejos, as pessoas que foram às ruas, como viveram. Diferentes gerações, adultos, crianças, bebês, havia de tudo. Ver aqueles rostos, como viviam, foi algo incrível.
Fonte: O GLOBO
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