Posicionado na rampa que dá acesso ao prédio da Corte, veículo usado para conter multidões ficou inerte no dia das invasões
Imagens da invasão a prédios públicos no dia 8 de janeiro gravadas por câmeras de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) chamaram a atenção para a falta de ação de um caminhão blindado da Polícia Militar do Distrito Federal (STF).
Posicionado estrategicamente na rampa que dá acesso à sede da Corte, na Esplanada dos Ministérios, o veículo, batizado de Centurion, contém jatos de água e lançadores de bombas de gás lacrimogêneo que poderiam ser usados para barrar a horda de golpistas. Poderiam, se não estivessem quebrados.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, que até terça-feira era o interventor na segurança pública do DF, afimou que agentes que trabalhavam no dia relataram, por áudio, o receio de o blindado virar alvo dos golpistas.
— Eu ouvi pessoalmente um áudio da pessoa que estava dentro do Centurion. Ele dizia o seguinte: os lançadores estão pifados, não funcionam mais, não dá para disparar mais nada. E eu estou sem freio. O carro está na banguela. Estou com receio de virem e botarem fogo no Centurion — disse ele ao GLOBO.
O veículo era uma das últimas barreiras que impedia os manifestantes de chegarem ao STF, cujo prédio foi o mais destruído pelos invasores. As imagens das câmeras de segurança mostram os golpistas passando pelo blindado, inerte, em direção ao Supremo.
Minutos antes, cinco viaturas do batalhão de Choque da PM também estavam posicionadas ao lado do caminhão na Esplanada. Os veículos, porém, deixam o local em direção a uma das entradas do Congresso, que naquele momento já havia sido invadido.
A ação acabou deixando o caminho livre para os golpistas acessarem o Supremo. Cappelli afirmou, no entanto, que a ordem para as viaturas deixarem o local foram dadas por um oficial que estava com a tropa, mas evitou relacionar a uma possível ajuda aos golpistas.
Segundo Cappelli, naquele momento, o então comandante da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, estava no Salão Verde da Câmara, formando um cordão para barrar a entrada dos golpistas ao plenário.
Nesse momento , o ajudante de ordens de Vieira ligou para um major que estava na Esplanada, com as viaturas do batalhão do Choque da PM, e avisa que o chefe está "ferido" e "cercado no Congresso".
— Ele recebeu a determinação de resgatar o comandante. Eu o ouvi [o major] pessoalmente no dia seguinte. E depois peguei as imagens para ver se o que ele falou era verdade. No calor dos acontecimentos, o mais fácil é jogar as pesssoas na fogueira. É preciso ter responsabilidade e entender a limitação da vida real — disse Cappelli.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, que até terça-feira era o interventor na segurança pública do DF, afimou que agentes que trabalhavam no dia relataram, por áudio, o receio de o blindado virar alvo dos golpistas.
— Eu ouvi pessoalmente um áudio da pessoa que estava dentro do Centurion. Ele dizia o seguinte: os lançadores estão pifados, não funcionam mais, não dá para disparar mais nada. E eu estou sem freio. O carro está na banguela. Estou com receio de virem e botarem fogo no Centurion — disse ele ao GLOBO.
O veículo era uma das últimas barreiras que impedia os manifestantes de chegarem ao STF, cujo prédio foi o mais destruído pelos invasores. As imagens das câmeras de segurança mostram os golpistas passando pelo blindado, inerte, em direção ao Supremo.
Minutos antes, cinco viaturas do batalhão de Choque da PM também estavam posicionadas ao lado do caminhão na Esplanada. Os veículos, porém, deixam o local em direção a uma das entradas do Congresso, que naquele momento já havia sido invadido.
A ação acabou deixando o caminho livre para os golpistas acessarem o Supremo. Cappelli afirmou, no entanto, que a ordem para as viaturas deixarem o local foram dadas por um oficial que estava com a tropa, mas evitou relacionar a uma possível ajuda aos golpistas.
Segundo Cappelli, naquele momento, o então comandante da PM-DF, Fábio Augusto Vieira, estava no Salão Verde da Câmara, formando um cordão para barrar a entrada dos golpistas ao plenário.
Nesse momento , o ajudante de ordens de Vieira ligou para um major que estava na Esplanada, com as viaturas do batalhão do Choque da PM, e avisa que o chefe está "ferido" e "cercado no Congresso".
— Ele recebeu a determinação de resgatar o comandante. Eu o ouvi [o major] pessoalmente no dia seguinte. E depois peguei as imagens para ver se o que ele falou era verdade. No calor dos acontecimentos, o mais fácil é jogar as pesssoas na fogueira. É preciso ter responsabilidade e entender a limitação da vida real — disse Cappelli.
Fonte: O GLOBO
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