Reino Unido, Canadá, Austrália e França emitiram avisos nesta sexta-feira; na quinta, embaixada americana restringiu viagens de diplomatas ao país por razões de segurança
O Ministério das Relações Exteriores da França emitiu um comunicado sobre o risco de “escalada militar” na região. As famílias dos funcionários diplomáticos em Teerã retornarão à França, e os funcionários civis serão proibidos de realizar missões de trabalho nesses países e territórios. Nesta quinta-feira, os EUA anunciaram que “os funcionários do governo americano e suas famílias estão impedidos de fazer viagens pessoais [fora das áreas de Tel Aviv, Jerusalém e Beersheba] até novo aviso”.
Mais cedo no mesmo dia, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao ministro das Relações Exteriores da China e a outros chanceleres que usem suas influências para dissuadir o Irã de atacar Israel. Blinken conversou por telefone com homólogos chineses, turcos, sauditas e europeus “para deixar claro que a escalada não é do interesse de ninguém, e que os países devem instar o Irã a não escalar”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a repórteres.
— Nós alertamos o Irã — reforçou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.
Segundo fontes ouvidas pelo New York Times, o principal comandante militar dos Estados Unidos para o Oriente Médio, o general Michael Krill, foi a Israel para coordenar ações de defesa e discutir o andamento da guerra contra o grupo terrorista Hamas. O premier israelense, Benjamin Netanyahu, reconheceu que o país enfrenta “tempos desafiadores” com a guerra em Gaza, mas pontuou que Israel também está “preparado para cenários envolvendo desafios em outros setores”.
— Determinamos uma regra simples: quem quer que nos fira, nós vamos ferir — disse Netanyahu durante uma visita a uma base aérea.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o Irã estava ameaçando realizar um ataque “significativo”. Esta é a primeira vez que o governo americano restringe o movimento de seus funcionários dessa maneira desde o início da guerra Israel x Hamas, há seis meses.
Fonte: O GLOBO
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