Jovem busca testemunhas para levar processo adiante contra profissional de saúde que aplicou em menina de 1 ano e 3 meses dose que deveria ter sido diluída

A jovem Caroline Smith, mãe de uma bebê de 1 ano e 3 meses que morreu após receber atendimento médico em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Paulo, iniciou uma campanha nas redes sociais para encontrar testemunhas do episódio, ocorrido na quinta-feira passada. A criança, uma menina chamada Lua, sofreu parada cardíaca após receber medicação na veia ao ser atendida na UPA 26 de Agosto, na Zona Leste da capital.

De acordo com o relato da mãe, Lua foi levada à unidade de saúde por ter apresentado febre. Após a triagem, a médica que atendeu a criança recomendou uma medicação, que deveria ter sido diluída em 250 ml de soro. A profissional, no entanto, aplicou o medicamento direto na veia da bebê. A menina teve uma parada cardíaca e não resistiu. Caroline ainda conversou com a médica, que explicou que o medicamento deveria ter sido diluído no soro e aplicado em gotas.

A jovem mãe agora tem buscado em suas redes sociais pessoas que tenham testemunhado o atendimento recebido pela sua filha. “É de extrema importância para o andamento do caso da Lua, mas não somente para ela. Para nos ajudar a cobrar recursos administrativos da unidade em questão. Não é somente sobre a vida da minha filha. Isso gerará resultados para o atendimento dos próximos”, escreveu em publicação.

Em outro post, Caroline se despediu da filha e prometeu manter a luta por justiça. “Que todos os envolvidos assumam as consequências de seus erros! Mamãe vai lutar por você daqui até não restar mais forças."

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde São Paulo lamentou o ocorrido e disse se solidarizar com a família. A pasta informou que foi instaurado uma “rigorosa apuração interna” para avaliar o atendimento prestado na UPA 26 de Agosto.

A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso está sendo investigado pelo 65° DP (Artur Alvim). A autoridade policial requisitou exames necroscópicos e toxicológicos ao IML (Instituto Médico Legal). A mãe da bebê, foi ouvida na segunda-feira. "Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial", informou a pasta, em nota.


Fonte: O GLOBO