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A empresa privada norte-americana Intuitive Machines pousou, nesta quinta-feira, uma sonda na lua, marcando o retorno da presença dos Estados Unidos no satélite natural da Terra após 52 anos das missões Apollo. A missão IM-1 tocou no solo lunar por volta de 20h24, com o módulo de pouso Nova-C, de formato hexagonal e chamado de "Odysseus".
O módulo de alunissagem tem forma de hexágono com 4,3 metros de altura, equivalente ao tamanho de um carro pequeno, e seis pernas de pouso. A nave é equipada com um motor de metano líquido e oxigênio super-resfriado que forneceu a potência para chegar rapidamente ao seu destino, evitando uma longa exposição à região de alta radiação ao redor da Terra, conhecida como cinturão de Van Allen.
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As cargas a bordo
Entre os equipamentos estão uma câmera estéreo para observar a nuvem de poeira levantada durante o pouso e um receptor de rádio para medir os efeitos de partículas carregadas nos sinais de rádio, na superfície da lua. Há também cargas de outros clientes que não a NASA, como uma câmera construída por estudantes da Embry-Riddle Aeronautical University, em Daytona Beach, Flórida.
A Nasa pagou US$ 118 milhões de dólares (R$ 586 milhões) a Intuitive Machines para o transporte de equipamentos científicos até o satélite natural, para ajudar a compreender de modo mais eficiente e mitigar os riscos ambientais para os astronautas.
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Mas a nave transporta uma carga mais colorida, incluindo um arquivo digital do conhecimento humano e 125 pequenas esculturas da Lua do artista Jeff Koons. Após o pouso, as cargas devem operar por sete dias, antes do início da noite lunar no polo sul, quando Odysseus ficará inoperante.
A nave também levou até a Lua uma espécie de pen-drive que contem uma imagem da bandeira do Brasil preenchida com várias fotos enviadas por brasileiros. A iniciativa custou R$ 2 milhões e faz parte de um projeto privado em referência aos 200 anos da Independência do Brasil.
O desafio de pousar na Lua
Essa é a segunda tentativa de uma empresa privada neste ano, após o fracasso de outro grupo em janeiro. A primeira, da empresa Astrobotic, foi lançada em janeiro, mas a nave Peregrine sofreu um vazamento de combustível e seu módulo de pouso teve que ser destruído deliberadamente em pleno voo.
A alunissagem suave é um desafio porque implica navegar em um terreno instável, com um atraso de vários segundos na comunicação com a Terra, e utilizar os propulsores sem a presença de uma atmosfera que suporte paraquedas.
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No ano passado, o módulo japonês Hakuto-R, da empresa Ispace, ficou sem combustível por conta de um erro de cálculo de altitude durante uma tentativa de pouso na Lua. Já a companhia israelense SpaceIL quase conseguiu concluir sua missão em 2019, mas falhou a poucos metros do pouso.
Apenas cinco países conseguiram tal feito: a União Soviética foi a primeira nação, seguida pelos Estados Unidos, que até hoje é o único país a colocar pessoas na superfície lunar.
A China já posou três vezes desde 2013, a Índia conseguiu em 2023 e o Japão em fevereiro do ano passado, embora o módulo nipônico tenha enfrentado dificuldades para permanecer ativado.
Fonte: O GLOBO
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