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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira a inclusão do agronegócio no mercado de crédito de carbono, aprovado na véspera pela Câmara e que voltará para o Senado. Para o ministro, isso será benéfico para o setor.
— Eu considero que seria importante para o próprio setor estar incluído. Mas essa é uma visão pessoal nossa que não foi atendida pelos parlamentares. Eu acredito que no curto prazo essa visão vai ser revista pelo próprio setor, porque é benéfico para o setor está incluído. Em algum momento o próprio setor vai entender que é importante está dentro — disse o ministro.
Haddad afirmou que todos os setores estarem incluídos no mercado seria melhor para o país.
— A bancada do agro quis entender como vai funcionar o mercado — explicou.
A Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 299 a 103 votos, o projeto de lei que cria um mercado regulado de crédito de carbono no país, com regras de compra e venda do ativo. A proposta voltará para análise do Senado pois sofreu uma série de alterações.
O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que estabelece cotas máximas de emissão de gases para empresas em um ano, principalmente indústrias. O agronegócio foi excluído das obrigações de reduzir emissões.
O foco da proposta está na indústria e deve atingir de 4 mil a 5 mil empresas que emitem anualmente mais de 25 mil toneladas de gás carbônico equivalente na atmosfera. Com esse recorte, setores como siderurgia, cimento, indústria química e fabricantes de alumínio devem ser os mais afetados.
O mercado de crédito de carbono é o sistema de compensações de emissão. Ele é um dos pilares para cumprir as metas do Acordo de Paris, assinado em 2015 por quase 200 países, que se comprometeram a conter o aumento do aquecimento global com medidas práticas.
Fonte: O GLOBO
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