Resultados das eleições regionais, as últimas antes das legislativas de 2024, dão uma ideia das tendências de voto para a eleição nacional

Os resultados iniciais das eleições regionais no Reino Unido indicam uma derrota histórica para o Partido Conservador, do primeiro-ministro Rishi Sunak, que recebe nesta sexta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Londres. Analistas esperam que os resultados destas eleições, as últimas em âmbito nacional antes das legislativas de 2024, deem uma ideia das tendências de voto.

A maioria dos resultados só será conhecida ao longo de sexta-feira. Mas, com as urnas apuradas em 62 dos 230 municípios, o opositor Partido Trabalhista elegeu 653 dos cerca de 8 mil vereadores, mais 120 do que em 2019, enquanto os conservadores perderam 226 municípios, ficando até agora com 452 vereadores.

Os Liberais Democratas também se beneficiaram da derrota dos tories, conquistando 59 novos lugares além dos 329 que já possuem. Já os Verdes contam com mais 33 que se somam aos 55 já eleitos.

O partido de Sunak perdeu para os trabalhistas em lugares-chave no Norte e no Sul da Inglaterra — e em algumas regiões que apoiaram a saída do Reino Unido da União Europeia no referendo do Brexit, em 2016. Após os resultados iniciais, o Partido Trabalhista disse, em comunicado que, "está a caminho de vencer a próxima eleição geral com uma vantagem de oito pontos sobre os conservadores".

Já o premier britânico disse, a repórteres, que os resultados até agora mostram que o povo quer que seu partido cumpra suas prioridades, mas que ainda é muito cedo para tomar decisões firmes. Sunak vem tentando restaurar a credibilidade dos conservadores desde que se tornou primeiro-ministro em outubro do ano passado, após meses de turbulência econômica e greves.

— A mensagem que estou ouvindo das pessoas esta noite é que elas querem que nos concentremos em suas prioridade. E isso é sobre reduzir a inflação pela metade, fazendo a economia crescer. É com isso que as pessoas se importam. Isso é o que eles querem que nós entreguemos. E é por isso que o governo vai trabalhar muito para fazer isso — disse o premier.


Fonte: O GLOBO