Apontado como chefe do grupo, islandês foi preso em São Conrado, na Zona Sul do Rio; ação acontece em outros estados

A Polícia Federal realiza uma operação, nesta quarta-feira, que mira uma quadrilha que lavava dinheiro do tráfico. A organização era dividida em duas células, com ramificações em várias cidades do país, em especial nos estados de São Paulo, do Rio do Janeiro e do Rio Grande do Norte. Os bens sequestrados pela PF na ação, batizada de Match Point, podem superar R$ 150 milhões. Um islandês, apontado como chefe do bando, foi preso em São Conrado, na Zona Sul do Rio.

Além do Rio, agentes estão em cidades de outros oito estados. Cerca de 250 policiais federais cumprem 33 mandados de prisão preventiva e 49 de busca. Foi realizado também o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas, sequestro de 57 bens imóveis e de diversos veículos e embarcações.

De acordo com a Polícia Federal, dos sete mandados de prisão preventiva relativos ao Estado do Rio, seis foram cumpridos. Além disso, um homem que não era alvo de qualquer desses mandados foi preso em flagrante.

Durante as investigações, a Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar de Santa Catarina, realizou sete prisões em flagrante. Foram apreendidos cerca de 65 quilos de cocaína e 225 quilos de skunk.

O islandês preso no Rio já havia sido investigado pela PF e pela polícia de seu país. Para realizar a operação Match Point, a Polícia Federal buscou cooperação internacional com a Itália, por meio da Interpol, e com a Islândia, em coordenação com os escritórios de ligação junto à Europol. Houve, ainda, autorização judicial para o acompanhamento da ação por representantes da polícia da Islândia.



Entre os crimes apurados até o momento estão lavagem e ocultação de bens, organização criminosa e tráfico internacional de drogas com associação ao tráfico. As penas acumuladas desses crimes podem chegar a mais de 40 anos de prisão.




Fonte: O GLOBO