Além da reparação do pavimento da ponte, será necessário restaurar a estrutura inferior da ponte

A Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, interditada desde o fim de março por conta da cheia do Rio Acre, segue fechada nesta quarta-feira (12), e a previsão é de que apenas na quinta-feira (13) o trânsito seja liberado no local.

O engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagens do Acre (Deracre), Laércio Miranda, informou em entrevista à Rede Amazônica Acre que ainda não foi possível concluir o processo de reparos, que consiste na reciclagem da pavimentação no local. De acordo com Miranda, o procedimento deve ser concluído até a tarde de quinta.

“A nossa intenção era ter feito isso ontem, mas, devido à chuva, não foi possível. Nossa intenção é fazer a reciclagem do asfalto e a previsão é liberar a ponte amanhã na parte da tarde. A chuva atrapalhou bastante, vai depender do tempo, se o tempo ajudar, a gente consegue cumprir o cronograma”, disse.

Além da reparação do pavimento da ponte, o engenheiro explicou que vai ser necessário restaurar a estrutura inferior da ponte, que sofreu um processo de oxidação. Esse processo, porém, não vai impedir a volta da circulação no local.

“Foi feita uma análise e verificou-se que alguns pontos na estrutura da parte inferior apresenta oxidação, e isso vai ser restaurado. Isso pode ser feito já com o trânsito retomado, não vai atrapalhar [a retomada da circulação]. Isso vai demorar cerca de 1 mês para a instalação”, ressaltou.

Já a previsão do coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, é que o processo de recuperação do asfalto seja concluído ainda pela manhã. Em avaliação anterior, a expectativa do órgão era de que a ponte pudesse ser liberada para circulação ainda na quarta, mas a forte chuva que atingiu Rio Branco atrasou os trabalhos.

““No máximo até amanhã de manhã já vamos fazer a liberação”, afirmou.


Reparos seguem sendo feitos para que haja liberação da ponte — Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre

Desbarrancamentos

Com o início de vazante do Rio Acre, a Defesa Civil Municipal vai fazer o acompanhamento em áreas com risco de desbarrancamento. Falcão explicou que esse monitoramento já foi realizado no fim de 2022, e agora é preciso verificar os efeitos da alagação nessas regiões, que piorou o problema.

Ainda segundo Falcão, 400 famílias seguem em abrigos montados para atender os atingidos pela cheia do Rio Acre. Somente no Parque de Exposições Wildy Viana, cerca de 300 famílias continuam abrigadas.

"Nós precisamos dar segurança às famílias que estão em áreas de risco. Nesse momento, estamos priorizando famílias que estão em abrigos, estudando caso a caso, com celeridade. A partir daí vamos adentrar os bairros e averiguar junto à assistência social do município”, disse.

Fonte: G1/AC