Grupo liderado por policiais penais federais treinados para lidar com crises no sistema carcerário atuará em conjunto com governo estadual

O Ministério da Justiça autorizou o emprego da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) no Rio Grande do Norte por 30 dias a partir desta terça-feira. Ela atuará, segundo o decreto publicado no Diário Oficial, “para exercer a coordenação das ações das atividades dos serviços de guarda, de vigilância e de custódia de presos”. A informação foi publicada inicialmente pelo jornal Tribuna do Norte e foi confirmada por O GLOBO.

Criada em 2017, a FTIP é liderada por policiais penais federais com expertise e cursos de capacitação em intervenção prisional e escoltas, que coordenam os policiais penais mobilizados. Ela é utilizada para resolução de crises, motins e rebeliões, no controle de distúrbios e no restabelecimento da ordem e da disciplina nos respectivos sistemas prisionais.

Alguns locais, como Boa Vista e Brasília, já tiveram a ajuda da FTIP nos últimos anos. A própria Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, já sofreu intervenção do grupo, em 2017, quando uma rebelião deixou 26 presidiários mortos.

De acordo com o governo do estado, a presença FTIP no Rio Grande do Norte não significa intervenção no sistema penitenciário. Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SEAP), ela trabalhará “em apoio e cooperação com as forças locais da Administração Penitenciária". 

O próprio decreto afirma que “a operação terá o apoio logístico e a supervisão dos órgãos de administração penitenciária e segurança pública do ente federado solicitante”.

Até o final da tarde desta quarta-feira, foram 42 suspeitos presos e um adolescente apreendido. Desses, cinco estavam foragidos da Justiça, dois estavam sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e um foi levado ao hospital. Além disso, foram apreendidos:

  • 12 armas de fogo
  • 1 simulacro de arma de fogo
  • 39 artefatos explosivos
  • 9 galões de gasolina
  • 5 motos
  • 2 carros
  • Dinheiro
  • Drogas
  • Munições

Fonte: O GLOBO