Em vídeo divulgado em suas redes, líder religioso afirmou que o petista lhe "deve" por ter rezado por ele quando Lula estava com câncer

O bispo e fundador da igreja Universal, Edir Macedo, usou as redes sociais para criticar o presidente Lula (PT). Em vídeo divulgado nesta quinta-feira, o líder religioso afirmou que o petista não teria dedicado medidas ao setor evangélico, nem à Record TV, emissora de qual é proprietário.

— O Lula esteve oito anos no governo. Pergunta a ele o que ele me fez, o que ele me deu? O que ele me deu? O que ele deu à Igreja? O que ele deu à Record? Ele não deu nada, ele apenas fez o que ele tinha que fazer, assim como fez com as demais emissoras. Obviamente que pagou, honrou lá seus compromissos. Mas eu não devo nada ao Lula — criticou Macedo.

Em seguida, o religioso afirma que, na verdade, quem lhe deve é o petista. Na fala, ele relembra o diagnóstico de câncer na laringe que Lula recebeu em 2011, e cita o ex-presidente Bolsonaro, sem especificar qual questão de saúde resolveu do ex-aliado.

— Agora, ele me deve. Não a mim, mas a Deus. Mas obviamente Deus nos usou. Quando ele estava com câncer na garganta ele foi lá na Igreja falar comigo. Fechamos a sala. Fechei a porta. Impus as mãos sobre o pescoço dele e orei por ele. Eu orei pelo Lula. E ele ficou curado. Fez tratamento lá no Einstein (hospital em São Paulo) e ficou curado. O Bolsonaro é a mesma coisa. Quer dizer, eu fiz favor para ele. Ele não me fez favor nenhum. Oito anos que ele esteve lá e não fez favor nenhum para mim — finalizou.

Como noticiou o GLOBO nesta semana, o governo Lula tem feito acenos recentes à ala política da Universal, insuficientes para cavar proximidade com a igreja. Além da fala de Edir Macedo nesta quinta-feira, desde novembro do ano passado, após a derrota de Jair Bolsonaro, a Folha Universal — periódico de tiragem semanal — criticou o petista em ao menos sete ocasiões. Enquanto isso, o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), mantém o posicionamento de que a sigla ligada à igreja não integrará a base governista.


Fonte: O GLOBO