Volume de jogo chama a atenção, tanto quanto a quantidade de chances perdidas pelo artilheiro Pedro Raul

Pedro Raul subiu de patamar na temporada passada. Foi vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro com o Goiás e chegou a ser citado pelo então técnico da seleção brasileira, Tite, em entrevistas sobre bons jogadores em atuação no país em ano de Copa do Mundo. 

Por isso, fez sentido quando o Vasco, já com os milhões da SAF à disposição, se dispôs a investir pesado na contratação do jogador, que pertencia ao Kashiwa Reysol (JAP). Mas ainda falta ele ocupar esse lugar mais alto pelo cruz-maltino. Por mais que os gols estejam saindo neste início de ano.

Nesta quinta-feira, fez mais um, o quarto na temporada, na goleada sobre o Trem por 4 a 0. Antes, Erick Marcus abriu o placar no resultado que levou o Vasco à segunda fase da Copa do Brasil com um belo gol. Depois, Nenê fez o terceiro, um golaço também. Jair, nos acréscimos, fechou a goleada, em boa cobrança de pênalti.

— Todo mundo feliz, estamos contentes com a vitória. Deixei para o Jair bater, como já tinha feito o meu — frisou o meia Nenê.

Pedro Raul não ficou muito atrás, fez de peito o segundo do Vasco na vitória no Mané Garrincha, em Brasília, mas isso não quer dizer que sua atuação tenha sido daquelas de empolgar.

Quando se destaca o desempenho mediano de um jogador numa partida em que o time venceu sem dificuldades, é porque foi algo que realmente chamou a atenção. Pedro Raul teve o cenário perfeito para se consagrar: um time inspirado contra adversário tecnicamente bem inferior.

As chances surgiram aos montes, um caminhão, de todas as maneiras possíveis: de cabeça, de finalização de primeira, com a bola dominada, cara a cara com o goleiro. Se não fosse a escorada de peito para o gol vazio, o camisa 9 teria passado em branco, depois de dez chutes a gol. Nas chances desperdiçadas, foram poucas por mérito do goleiro Redson. A maioria, por finalizações ruins.

Na próxima fase da Copa do Brasil, o Vasco vai enfrentar Tuntum ou ABC. Que Pedro Raul evolua até lá. Não será todo dia que a equipe oferecerá ao atacante uma penca de chances de gols para aproveitar uma.


Fonte: O GLOBO