Acre registrou 19 mortes violentas em janeiro e 95% das vítimas são homens. Dados são do Observatório de Análise Criminal do Ministério Público

Quase metade das mortes violentas intencionais registradas no mês de janeiro no Acre ainda está com a autoria desconhecida. É o que mostra o Observatório de Análise Criminal divulgado pelo Ministério Público do Estado.

Com 235 mortes violentas em 2022, Acre registra alta de 21,1% nas ocorrências em um anoNo mês passado, o estado registrou 19 mortes violentas, que incluem os homicídios dolosos consumados, feminicídios, latrocínios, mortes decorrentes de intervenção policial em serviço e fora de serviço e lesão corporal com resultado morte. O número representa uma alta de 90% em relação a janeiro do ano passado, quando foram contabilizados 10 casos.

Entre os casos registrados em janeiro, 18 foram homicídios dolosos consumados e um latrocínio.

O estudo mostrou ainda que a capital acreana teve um aumento significativo de 133% nas mortes violentas e concentrou 36,8% dos casos ocorridos em todo estado. Do total de mortes registradas no mês passado, sete foram em Rio Branco, sendo que no mesmo mês no ano passado foram três.

Em relação ao interior do estado, a cidade e Senador Guiomard registrou quatro casos, Tarauacá foram três, Epitaciolândia outros dois registros e Feijó um caso. Além disso, o relatório aponta que teve uma morte violenta em Brasileia e outra em Manoel Urbano.

O observatório traz ainda a quantidade de mortes violentas registradas em janeiro dos últimos seis anos. Em 2018 foram contabilizadas 53 mortes, a maior da série histórica, já em 2019 foram 32 casos. No ano de 2020 os dados mostram que foram 51 mortes, em 2021 foram 17 casos e em 2020 foram 10 casos.

Do total de mortes violentas no estado ocorridas em janeiro deste ano, 89% foram com uso de armas de fogo e 5% com armas brancas. Outros 5% foram com uso de outros instrumentos.

Quanto à autoria das mortes violentas intencionais ocorridas no Acre no mês passado, 47,4% estão com a autoria desconhecida, ou seja, não foram elucidadas. Outros 52,6% dos casos foram elucidados e estão com autoria conhecida.

O relatório aponta que das 19 vítimas de morte violenta, 1 era do sexo feminino. Ou seja, 95% das vítimas eram homens.

Além disso, do total de casos, 9 ainda seguem com motivação a apurar. Segundo o relatório, 6 tiveram relação com conflito entre facções criminosas ou drogas, 2 por motivo fútil, durante bebedeira. Um foi por latrocínio e um por conflito familiar.

Roubos na capital

As chamadas para o 190 motivadas por roubos na capital em janeiro totalizaram 293, ou seja, 18% a mais de ocorrências que o mês anterior, quando foram registradas 249. Das ocorrências:

55,3% ocorreram na área da 1ª Regional;
36,2% ocorreram na área da 2ª Regional;
8,5% ocorreram na área da 3ª Regional.

O levantamento também mostrou que 32,76% dos roubos ocorreram no período noturno, outros 27,99% foram pela manhã e 25,94% à tarde. Além disso, 13,31% foram no período da madrugada.

Fonte: G1/AC