Empresa anuncia alterações no recurso. Usuários só poderão realizar cinco perguntas por sessão e 50 perguntas por dia

Menos de duas semanas após apresentar uma nova versão para o buscador Bing, a Microsoft começará a limitar as conversas dos usuários com o novo chatbot que utiliza inteligência artificial no mecanismo de busca. Agora, usuários só poderão realizar cinco perguntas por sessão e 50 perguntas por dia.

A empresa fundada por Bill Gates apresentou com alarde, há menos de duas semanas, uma nova versão do buscador com base em tecnologia criada pela OpenAI, em um evento em seu campus de Redmond, em Washington.

Várias outras grandes empresas de tecnologia, incluindo o Google, estão trabalhando em serviços semelhantes. Mas a Microsoft agiu rapidamente para obter uma vantagem tecnológica sobre seus concorrentes, e a empresa prometeu que a IA acabará sendo incorporada a uma ampla gama de seus produtos.

Respostas 'assustadoras'

A Microsoft já esperava que o robô pudesse responder de forma imprecisa e criou medidas para se proteger contra pessoas que tentam fazer o chatbot se comportar de maneira estranha ou dizer coisas prejudiciais. Ainda assim, os primeiros usuários que tiveram conversas pessoais abertas com a ferramenta acharam suas respostas incomuns – e às vezes assustadoras.

Agora, as pessoas serão solicitadas a iniciar uma nova sessão depois de fazerem cinco perguntas e o chatbot responder cinco vezes. “Sessões de bate-papo muito longas podem confundir o modelo de bate-papo subjacente”, disse a Microsoft.

Na quarta-feira, a empresa informou em um blog que “não imaginava amplamente” as pessoas usando o chatbot “para uma descoberta mais geral do mundo e para entretenimento social”. O robô tornou-se repetitivo e, às vezes, irritado em longas conversas, informou a empresa.

A Microsoft disse que seus dados apontam que cerca de 1% das conversas com o chatbot tinham mais de 50 mensagens, e que consideraria aumentar os limites de perguntas no futuro. A empresa também está procurando adicionar ferramentas para dar aos usuários mais controle sobre o tom do chatbot.


Fonte: O GLOBO