Estudo revela que 6.677.000 usuários são 'foliões' natos contra 5.744.000 que preferem o 'bloco do sofá'

Muito glitter, música, suor e cerveja. Esses são ingredientes de um carnaval perfeito para grande parte dos brasileiros, que precisam se decidir entre se jogar na folia ou se isolar. Um estudo da Navegg, plataforma de tecnologia de dados aplicada para marketing digital, mostra que a população prefere a farra e não se rendeu — ainda — ao apelo do sossego ou de mais segurança. 

Com base no conteúdo que as pessoas consomem nas redes, o levantamento, que teve abrangência de 99,7% da internet no país, revela que 6.677.000 usuários são “foliões” natos. Entre eles, há gente diversificada, interessada em desfiles de escolas de samba, blocos de rua e festas privadas.

Com tecnologia de interpretação de dados, os usuários foram “cookados” pela empresa — sem invasão de suas privacidades — e divididos em “personas carnavalescas”. Em janeiro, a partir de análise de navegação, chegou-se a seis tipos. Além do folião de carteirinha, outros cinco perfis saltam aos olhos. O “bloco do sofá”, que prefere ficar em casa, está encostando nos foliões, com 5.744.000 internautas, o que foi uma surpresa. Feito com olho no mercado, o estudo expôs a mudança de comportamento.

—Todo ano fazemos esse estudo com um mês de antecedência do carnaval, para orientar marcas sobre audiência e campanhas. Dessa vez, nos surpreendeu o volume dos que vão ficar em casa. Por mais que muitos não gostem de carnaval, esperávamos que mais gente fosse viajar, por exemplo —explica Ana Angélica Mariano, líder de negócios da Navegg.

Algumas das hipóteses para tantos ficarem em casa, “só na concentração”, para não perder a metáfora das passarelas de samba, são a crise econômica e a insegurança deixada pela pandemia. A TV entra, o batuque sai.

— As plataformas de streaming têm um filão — acrescenta Ana Angélica.

Em terceiro lugar, estão 3.150.000 pessoas em fuga para um destino turístico nacional ou internacional, longe do agito. Logo atrás, os que focam nos futuros foliões, 2.989.000 internautas, em geral pais e mães em busca de programas para a criançada. 

Outro tipo é o “carnavalesco VIP”: 2.853.000 que querem as festas mais badaladas e estão dispostos a pagar por camarotes e trios caros. Por último, ficaram aqueles que pegam o caminho do litoral atrás de praia, não necessariamente sem furdunço: um bloco nada desprezível de 1.285.000 pessoas.


Fonte: O GLOBO