A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou nesta segunda-feira a autorização de voos privados na terra indígena Yanomâmi para a saída de garimpeiros do local. Os três corredores aéreos ficarão abertos até o à 1h do dia 6 de maio.
A autorização para os voos foi dada no dia 6 de fevereiro e, inicialmente, duraria uma semana, vencendo nesta segunda-feira. A FAB não informou o motivo do adiamento.
No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou uma "Zona de identificação de Defesa Aérea", sob responsabilidade da Aeronáutica, para vigiar possíveis ilícitos relacionados à exploração de garimpeiros. Desde então, o espaço aéreo está fechado.
Para enfrentar a "Emergência em Saúde Pública", dentro da zona de espaço aéreo, agentes da Policia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (lbama) estão autorizados a interditar aeronaves.
Com o espaço aéreo fechado pela FAB, os trabalhadores do garimpo começaram a fugir a pé pela floresta fechada, o que aumentou o risco de conflito com povos indígenas isolados que habitam a reserva. Segundo eles, o tempo de uma caminhada para chegar a Alto Alegre (RR), um dos municípios mais próximos da região, é de cerca de um mês.
O governo federal autorizou ainda o acesso de barcos para acelerar a retirada dos invasores. Desde o início da semana, o Ibama, Funai e Força Nacional vinham montando pontos de bloqueio nos rios para impedir a entrada de barcos que levavam alimentos e combustível às áreas de garimpo. Com a nova ordem, os agentes recolhem os suprimentos e deixam o barqueiro seguir viagem.
Fonte: O GLOBO
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