Jefferson Pessoa de Almeida está preso desde outubro do ano passado quando foi flagrado com 20,8 kg de maconha escondidos no porta-malas de um veículo de luxo

O engenheiro eletricista Jefferson Pessoa de Almeida, que foi preso por tráfico de drogas em outubro do ano passado na BR-317, segue preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco e teve audiência de instrução e julgamento marcada para o próximo dia 28 de fevereiro. Com ele, a polícia encontrou 20,8 kg de maconha escondidos no porta-malas de um veículo de luxo em uma caixa de televisão.

A audiência deve ocorrer de forma presencial na Vara Criminal da cidade de Senador Guiomard. Além do réu, pelo menos oito testemunhas entre acusação e defesa devem ser ouvidas.

Almeida trabalhava como engenheiro eletricista titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) desde maio de 2021, e, após a prisão, foi exonerado pelo governador Gladson Cameli.

Conforme o processo, o engenheiro alegou que estava em Brasileia visitando parentes e que, na volta para Rio Branco, avistou um carro na estrada que jogou uma caixa de televisão no acostamento da BR-317 e ele decidiu parar para ver o que tinha dentro porque achou a “atitude suspeita”.

Ao verificar a caixa, ele encontrou a quantidade de droga e resolveu levar o entorpecente para a Delegacia de Narcóticos da Polícia Civil do Acre (Denarc), em Rio Branco.


Engenheiro foi preso no último domingo (16) com 20,8kg de maconha escondidos no porta-malas de um veículo de luxo — Foto: Reprodução

Além da droga, a polícia achou no carro do engenheiro um comprovante de compra de mais de R$ 15,5 mil e outros objetos.

Ao g1, o advogado de Almeida, Jecson Cavalcante Dutra disse que está confiante de que durante a audiência a versão de seu cliente vai ser demonstrada através dos depoimentos e, com isso, vão conseguir a absolvição dele no processo. A defesa reafirma que a droga não era do engenheiro e que ele tinha intenção apenas de entregar o material que encontrou na estrada para a polícia.

“Todos os elementos demonstram que não se passou conforme narrado na acusatória. Há um contrassenso muito grande entre o depoimento dos policiais rodoviários e os policiais militares. Os militares alegam que ele estava em fuga, e em momento nenhum houve fuga e isso é confirmado pelos policiais rodoviários federais, que viram o veículo passando em alta velocidade e pediram para que a PM fizesse a abordagem, sendo que ele é motorista perito e sempre anda em alta velocidade. A droga não pertence a ele, realmente encontrou o material. Esclarecemos que não houve crime, pela não presença do dolor. Ele tinha a intenção de entregar para as autoridades”, disse a defesa.

Ainda segundo o processo, o engenheiro teve, pelo menos, dois pedidos de liberdade negados e continua em cela especial no FOC. Em novembro do ano passado, o juiz Romário Divino Faria disponibilizou, cautelarmente, o carro do engenheiro que foi apreendido durante o flagrante para a Superintendência de Polícia Rodoviária Federal no Acre. O veículo deve ser usado nas ações de combate e repressão ao crime de tráfico de drogas.

Fonte: G1/AC