Justiça pronunciou quatro pessoas por participação no crime. Na época, corpo da jovem foi achado em cova rasa em Mâncio Lima, interior do Acre

Os quatro acusados de envolvimento no assassinato da jovem Jenágila Nascimento de Lima, de 26 anos, em setembro de 2021 na cidade de Mâncio Lima, no interior do Acre, vão a júri popular. A decisão de pronúncia é do juiz Marlon Martins Machado, da Vara Criminal da cidade. O julgamento ainda não tem data marcada.

Entre os réus estão Moisés Duarte Bezerra, que seria o mandante do crime, segundo apontou a denúncia, além de Gleison Souza do Nascimento e Evandson Souza Lima, que são apontados como os executores do crime e, inclusive, receberam dinheiro em troca. Já Evilásio Pinheiro da Costa teria ajudado a esconder o réu Gleison Nascimento e a motocicleta furtada da vítima.

Ainda conforme a denúncia, a vítima foi morta por ordem do namorado por conta de uma suposta traição. O g1 não conseguiu contato com as defesas dos réus até última atualização desta reportagem.

Moisés Bezerra, Gleison Nascimento e Evandson Lima respondem por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Lima também foi denunciado pelo crime de furto, por ter ficado com a motocicleta da vítima e Evilásio da Costa responde por favorecimento pessoal.

Na mesma decisão em que pronunciou os réus a júri popular, o magistrado manteve a prisão preventiva de Gleison Nascimento e Moisés Bezerra. “Tratam-se de réus que responderam todo o processo no cárcere, são integrantes de facção criminosa e respondem a vários processos neste Juízo, devendo, portanto, ser mantidos presos”, pontuou na decisão.

Crime encomendado

Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia 17 de setembro de 2021, Gleison Souza do Nascimento matou a jovem Jenágila a mando do acusado Moisés, o qual ordenou a morte em razão de uma suposta traição dela.

No mesmo dia, ainda segundo a denúncia, Gleison, Evandson e outro agente não identificado se encontraram na praça central de Cruzeiro do Sul. Foi quando Evandson entregou a Gleison o contato telefônico da vítima e o adiantamento da quantia de R$ 5 mil reais, mediante promessa de que o restante do valor (R$ 65 mil) seria entregue após a morte de Jenágila.

Logo após, Gleison teria atraído a vítima até o local do crime e, devido à resistência da jovem, ele, Evandson e outro comparsa não identificado amarraram as mãos dela e Gleison efetuou três disparos de arma de fogo.

Após os disparos, o grupo enterrou o corpo da jovem em cova rasa no ramal do Chaparral, na cidade de Mâncio Lima e Gleison saiu do local usando a moto da vítima.

Ainda segundo o MP-AC, depois de alguns dias escondido, Gleison prometeu pagar R$ 15 mil a Evilásio da Costa, para se esconder na casa dele, em Mâncio Lima, junto com a moto de Jenágila, local onde foi preso em seguida.

Fonte: Agência Brasil