Manifestação na Ponte da União, na entrada da cidade de Cruzeiro do Sul, durou cerca de uma hora nesta quinta-feira (26). Grupo pede fiscalização de transporte clandestino
Um grupo de motaxistas fez um protesto nesta quinta-feira (26) contra o transporte clandestino na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Os trabalhadores chegaram a fechar a Ponte da União, na entrada da cidade, por cerca de uma hora e liberaram a via após negociação com a Polícia Militar.
Os manifestantes alegam que somente no mês de janeiro pagam cerca de R$ 1 mil em impostos para estarem aptos a trabalhar com transporte de passageiros e que têm sido prejudicados por conta do alto número de motoristas clandestinos na cidade. Eles pedem que a prefeitura tome providências e fiscalizem a atividade irregular.
Manifestação na Ponte da União, na entrada da cidade de Cruzeiro do Sul, durou cerca de uma hora nesta quinta-feira (26) — Foto: Bruno Vinicius/Rede Amazônica
Mototaxista há 22 anos na cidade de Cruzeiro do Sul, José Eudes, de 47 anos, afirmou que está cada vez mais difícil manter a profissão por conta dos clandestinos que atuam sem pagar impostos, sem fiscalização e, por isso, conseguem fazer corridas a preços mais baixos. Com isso, muitos passageiros acabam optando por esses motoristas.
“Para trabalharmos como mototaxistas precisamos fazer vários procedimentos, um deles é curso. Então, não consigo entender como que Cruzeiro do Sul hoje existe o tanto de clandestinos que tem. Qualquer pessoa que tenha um veículo vai para rua trabalhar.
Não acho justo a gente pagar os nossos impostos e as pessoas trabalharem irregular, sem pagar nada. Isso para mim é falta de respeito com a gente e com a população. E, acima de tudo, colocando a vida das pessoas em risco”, reclamou.
Grupo pede fiscalização de transporte clandestino — Foto: Bruno Vinicius/Rede Amazônica
O capitão Silva Lima, da PM-AC, disse que foi feita negociação com os manifestantes para liberarem a pista e que uma reunião foi marcada para as 12h desta quinta com o prefeito Zequinha Lima. O g1 tentou contato com a prefeitura e aguarda reposta até última atualização desta reportagem.
“Logo que tomamos conhecimento que a ponte estava bloqueada, cessando o direito de ir e vir da população, nos deslocamos até o local para saber qual era a reivindicação dos mototaxistas. Estavam reclamando que estavam trabalhando o dia inteiro e, ao final do dia, o faturamento era muito baixo e um dos motivos era a quantidade de clandestinos que presta esse tipo de serviço.
Queriam uma conversa com o gestor municipal, fizemos essa ponte com o prefeito, que de imediato aceitou e chegamos em um consenso para procurar solucionar essa situação”, afirmou o Militar.
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