Projeção de residencial da Azo e da Carvalho Hosken na Península — Foto: Divulgação
Depois de comprar o concorrido Edifício A Noite, arranha-céu histórico da Praça Mauá, a companhia da família Vetorrazzo prepara um residencial de casas suspensas, com Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em R$ 290 milhões, no último terreno da orla do Península.
A Carvalho Hosken, que criou o bairro planejado da Barra da Tijuca e é dona da área de quase 17 mil metros quadrados onde o empreendimento será erguido, é sócia no projeto.
— Esse era o terreno favorito do meu pai, debruçado sobre a lagoa, por isso sempre o tratamos como uma joia dentro do land bank. Foi o último projeto ao qual meu pai deu, digamos assim, sua bênção — conta Carlos Felipe de Carvalho, CEO da Carvalho Hosken e filho caçula do fundador Carlos Carvalho, que morreu aos 100 anos na semana passada.
Na prática, o novo empreendimento esgota as possibilidades de lançamentos no Península, lançado pela Carvalho Hosken em 2002.
Serão 60 unidades, das quais uma parte importante será formada por plantas do tipo “garden”, com 380 metros quadrados, até quatro quartos, piscina e churrasqueira. O lançamento será em fases: as primeiras 39 casas serão oferecidas a partir do próximo mês; o restante virá no início do ano que vem.
— Vamos levar o conceito “garden” para o Península. Serão casas suspensas, que se sobrepõem, com pé-direito de 3,8 metros. Eu brinco que, em vez de metros quadrados, estamos vendendo metros cúbicos — diz José de Albuquerque, o Buca, CEO da Azo Inc.
‘Mercado do Rio vai bombar’
O novo projeto faz parte de uma estratégia deliberada de explorar o mercado do Rio. Dona da Azo, a família Vetorrazzo vinha olhando com mais atenção para a cidade, graças à Aegea. A gigante do saneamento por trás da Águas do Rio tem como acionista majoritário o Grupo Equipav, em cujo bloco de controle estão os Vetorrazzo.
— Em 2022, o Ricardo Vetorrazzo me provocou a prospectar negócios em São Paulo e no Rio. Em um ano, analisei 32 negócios em São Paulo e não fechei nenhum. Como paulistano, fiquei surpreso ao perceber que a oportunidade, de fato, estava no Rio — explica o executivo da Azo.
Depois de comprar o Edifício A Noite, por R$ 36 milhões, a incorporadora pretende lançar ali — “talvez ainda este ano”, especula Buca — um residencial com 447 estúdios e VGV na ordem de R$ 250 milhões. Além disso, lançou dois empreendimentos na Zona Sul (Humaitá e Gávea) que somam R$ 85 milhões em VGV.
Uma das razões para a aposta, argumenta Albuquerque, é a escassez de lançamentos no Rio:
— Há um descompasso muito grande no mercado. Se foram lançados R$ 44 bilhões em São Paulo no ano passado, no Rio, a cifra ficou na casa dos R$ 8 bilhões. Por isso, o estoque no alto padrão está em apenas seis meses. Os fundamentos indicam que o mercado do Rio vai bombar.
Fonte: O GLOBO
A Carvalho Hosken, que criou o bairro planejado da Barra da Tijuca e é dona da área de quase 17 mil metros quadrados onde o empreendimento será erguido, é sócia no projeto.
— Esse era o terreno favorito do meu pai, debruçado sobre a lagoa, por isso sempre o tratamos como uma joia dentro do land bank. Foi o último projeto ao qual meu pai deu, digamos assim, sua bênção — conta Carlos Felipe de Carvalho, CEO da Carvalho Hosken e filho caçula do fundador Carlos Carvalho, que morreu aos 100 anos na semana passada.
Na prática, o novo empreendimento esgota as possibilidades de lançamentos no Península, lançado pela Carvalho Hosken em 2002.
Serão 60 unidades, das quais uma parte importante será formada por plantas do tipo “garden”, com 380 metros quadrados, até quatro quartos, piscina e churrasqueira. O lançamento será em fases: as primeiras 39 casas serão oferecidas a partir do próximo mês; o restante virá no início do ano que vem.
— Vamos levar o conceito “garden” para o Península. Serão casas suspensas, que se sobrepõem, com pé-direito de 3,8 metros. Eu brinco que, em vez de metros quadrados, estamos vendendo metros cúbicos — diz José de Albuquerque, o Buca, CEO da Azo Inc.
‘Mercado do Rio vai bombar’
O novo projeto faz parte de uma estratégia deliberada de explorar o mercado do Rio. Dona da Azo, a família Vetorrazzo vinha olhando com mais atenção para a cidade, graças à Aegea. A gigante do saneamento por trás da Águas do Rio tem como acionista majoritário o Grupo Equipav, em cujo bloco de controle estão os Vetorrazzo.
— Em 2022, o Ricardo Vetorrazzo me provocou a prospectar negócios em São Paulo e no Rio. Em um ano, analisei 32 negócios em São Paulo e não fechei nenhum. Como paulistano, fiquei surpreso ao perceber que a oportunidade, de fato, estava no Rio — explica o executivo da Azo.
Depois de comprar o Edifício A Noite, por R$ 36 milhões, a incorporadora pretende lançar ali — “talvez ainda este ano”, especula Buca — um residencial com 447 estúdios e VGV na ordem de R$ 250 milhões. Além disso, lançou dois empreendimentos na Zona Sul (Humaitá e Gávea) que somam R$ 85 milhões em VGV.
Uma das razões para a aposta, argumenta Albuquerque, é a escassez de lançamentos no Rio:
— Há um descompasso muito grande no mercado. Se foram lançados R$ 44 bilhões em São Paulo no ano passado, no Rio, a cifra ficou na casa dos R$ 8 bilhões. Por isso, o estoque no alto padrão está em apenas seis meses. Os fundamentos indicam que o mercado do Rio vai bombar.
Fonte: O GLOBO
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