Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva havia sido sequestrada e mantida em cárcere privado desde o domingo de Carnaval

A jovem identificada como Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, de 22 anos, havia sido sequestrada e mantida em cárcere privado desde o domingo de Carnaval. Os suspeitos exigiam o pagamento de R$ 30 mil à família para liberar a vítima com vida. Ela foi encontrada com o corpo queimado por um caminhoneiro, às margens da BR-040, na noite desta segunda-feira, em Pedro Leopoldo, na Grande BH.

A jovem morava em Esmeraldas. Recentemente, Layze apresentou um homem como namorado à família. Ele é um dos suspeitos de participação no crime. A vítima chegou a ser socorrida com 90% do corpo queimado, mas não resistiu aos ferimentos ao dar entrada no Hospital João XXIII. Além das queimaduras, ela também sofreu pelo menos sete facadas em todo o corpo.

O homem, de 34 anos, suspeito de envolvimento no crime, disse à Itatiaia que entregou a vítima a traficantes do bairro Pindorama, região Noroeste de Belo Horizonte, para um ‘desenrolo de dívida’. Ele, que mantinha um relacionamento com a jovem há um mês, é do Mato Grosso e têm passagens por tráfico internacional de drogas.

Ele contou ainda que reencontrou Layze nesta segunda-feira, após a jovem pedir para ele buscá-la em uma chácara, onde estava sendo torturada, segundo a Rádio Itatiaia Além disso, afirmou que a vítima estava machucada e que a levou para um motel. Questionado por que não chamou a polícia ou levou Layze para um hospital, ele respondeu que estava com medo dos traficantes.

Ameaças

Ainda segundo a Rádio Itatiaia, a família da Layze estaria recebendo ameaças desde a segunda-feira de Carnaval, por conta de uma dívida de R$ 15 mil que a jovem teria por envolvimento com o tráfico de drogas. No entanto, a polícia afirma que os criminosos exigiam o pagamento de R$ 30 mil. Através de uma chave PIX enviada para o pagamento da dívida, a polícia chegou em dois suspeitos em um carro nas imediações do Bairro Jardim Leblon, região de Venda Nova, em BH.

O homem foi preso. Com ele, a polícia encontrou três identidades falsas. Já a mulher, uma funcionária de um motel de Belo Horizonte, também foi presa. Ela afirmou ser a dona da chave PIX repassada à família da vítima. Segundo a polícia, eles alegaram que a vítima tinha uma dívida com o tráfico, justificando o valor exigido aos familiares.

A Polícia Civil investiga o caso e busca outros possíveis envolvidos no crime.


Fonte: O GLOBO