Roger Dias da Cunha, de 29 anos, foi alvejado durante uma perseguição a dois suspeitos; ele estava internado e quadro era considerado irreversível

A Justiça decidiu por manter presos os dois homens suspeitos de envolvimento na perseguição que terminou na morte do sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos. Ele foi baleado duas vezes na cabeça, na noite da última sexta-feira, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte. O criminoso de 25 anos e o comparsa, de 30, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva em audiência de custódia neste domingo.

A juíza Juliana Miranda Pagano considerou que as circunstâncias do crime são “gravíssimas”, argumentando que, além do sargento baleado, outros policiais teriam sido alvos da dupla, que atirou contra a viatura policial. "Foi necessária uma mobilização policial complexa e longa para captura dos autuados, os quais agiram em evidente violência real e direta contra os policiais militares", diz o documento.

Roger Dias da Cunha, de 29 anos foi baleado em BH — Foto: Reprodução

A vítima estava internada com duas balas alojadas na cabeça, havia passado por duas cirurgias e recebido pelo menos nove bolsas de sangue. O quadro de saúde do policial era considerado irreversível, segundo a Corporação.

O autor dos disparos, segundo a polícia, tem 18 registros por crimes como roubo, tráfico, falsidade ideológica, receptação, ameaças e agressão. Ele também era alvo de um mandado de prisão por não ter retornado ao sistema prisional no dia 23 de dezembro. Segundo a porta-voz da PM, ele estava em uma saída temporária por conta das festividades natalinas – a “saidinha” de Natal.

O segundo suspeito envolvido no crime também tem 15 passagens na polícia, sendo duas delas por homicídio, além de infrações como roubo, tráfico e ameaça. Ele estava em liberdade condicional.

Em nota, a Polícia Civil informou que ratificou a prisão em flagrante dos dois indivíduos. O autor dos disparos foi autuado por homicídio qualificado contra autoridade e porte de arma de fogo. O outro suspeito, por tráfico, posse de arma de fogo e tentativa de homicídio. O caso segue em investigação.


Fonte: O GLOBO