Com janela que vem sendo marcada por mais chegadas do que saídas, clube tenta se adiantar a perdas de peças para evoluir

O desafio do Fluminense nesta janela de começo de temporada é melhorar ainda mais um elenco que conquistou a Libertadores da América há pouco menos de dois meses. Em 2024, o tricolor será o time a ser batido no continente e terá desafios maiores, a começar pela busca do título da Recopa Sul-Americana e pelo tricampeonato carioca.

Buscando oportunidades de mercado e trabalhando em cima das maiores necessidades, o clube mantém a base para tentar repetir a temporada de conquistas. A janela até agora foi de mais chegadas e retornos do que saídas.

No gol, o tricolor trocou um de seus jovens nomes por uma opção mais experiente e que Diniz conhece de longa data. Pedro Rangel foi emprestado para o Atlético-GO, onde terá a oportunidade de jogar a Série A do Brasileirão, e Felipe Alves chegou para ser o reserva de Fábio.

Aos 35 anos, trabalhou ao lado do treinador tricolor em sete clubes na carreira, tendo sido companheiro em campo e também comandado. Felipe se tornou uma opção no radar por ter qualidade com a bola nos pés.

As negociações do Fluminense em 2024 — Foto: Arte O GLOBO

Na defesa, a volta de Manoel, em fevereiro, quando terá cumprido oito meses da suspensão por doping, será um ganho importante, ainda mais considerando que Nino se transferiu para o Zenit-RUS. Por isso, o clube trouxe Antonio Carlos, com passagem em Xerém e que estava no Orlando City-EUA.

— Desde o primeiro contato, eu queria vir, desde o começo do ano passado. Acho que era importante, até pela competitividade. Acho que lá (EUA) não chega aos pés do Brasil. Eu precisava voltar a ser mais competitivo de novo — afirmou o zagueiro ontem.

Nas laterais, Diniz recebe dois reforços “caseiros”: Calegari e Cristiano retornaram de empréstimos. O primeiro se recupera de rompimento do ligamento do joelho direito, enquanto o outro não tem futuro certo no tricolor.

O setor de meio-campo recebeu a grande contratação da janela até o momento: Renato Augusto. Após se firmar como um dos melhores do país e ídolo no Corinthians, o jogador de 35 anos chega com a mente aberta para assimilar o estilo de jogo proposto por Diniz.

— Sempre fui um admirador do trabalho dele (Diniz). Sempre quis entender como ele chega ao resultado final, de onde tira as situações de jogo. Tivemos um contato indireto e uma admiração mútua. Quando ele me ligou para falar sobre o Fluminense, tirou o pouco que eu tinha de dúvida em uma ligação — revelou Renato, que foi apresentado ontem.

Chú e Terans na mira

O grande temor de perda é André. No entanto, a falta de propostas oficiais pelo volante reforça a crença de que ele possa ficar até o meio da temporada. Léo Fernández também já recebeu consultas e pode sair.

Já o ataque ainda não tem movimentações concretas, a não ser a compra definitiva de Lelê. O Flu tentou várias propostas ao Real Betis-ESP para repatriar o ponta Luiz Henrique, mas as seguidas recusas levaram o clube a se retirar do negócio.

A busca por um jogador que possa revezar na função com Keno levou o clube a ir atrás de Leo Chú, alvo antigo e que está no Seattle Sounders-EUA. Além disso, o nome do meia David Terans, uruguaio que se destacou no Athletico e está no Pachuca-MEX, passou a interessar.


Fonte: O GLOBO