Ministro de Relações Institucionais disse ainda que governo termina o ano ganhando todos os jogos decisivos

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou neste sábado a derrubada dos vetos de Lula (PT) sobre a desoneração da folha de 17 setores e o projeto que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Padilha disse que não há "time campeão invicto".

-- Não tem time campeão invicto durante todo o campeonato. Você pode às vezes empatar, perder. O que não pode é perder a decisão e o mata-mata. O governo termina o ano ganhando todos os jogos decisivos no Congresso Nacional -- afirmou o ministro.

Padilha afirmou ainda que o governo vai analisar medidas jurídicas e continuar dialogando com os setores econômicos para medidas mais efetivas para o tema da desoneração.

-- Acreditamos que é possível termos medidas mais efetivas para a manutenção do emprego e medidas constitucionalmente mais defensáveis. Quando o presidente Lula vetou o tema da desoneração, ele não estava analisando o mérito. Ele vetou orientado pela AGU de que aquilo feria a Constituição -- justificou.

Sobre o marco temporal, ele lembrou que o tema está no Supremo Tribunal Federal (STF) e que o governo vetou por respeito à Corte. Padilha ainda comemorou a aprovação da reforma tributária, que segundo ele "acaba com a balbúrdia tributária" no país, e declarou que a prioridade do governo agora será concluir a votação da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento.

Padilha participa neste sábado, ao lado do presidente Lula, do lançamento das obras do empreendimento Copa do Povo, que faz parte do programa Minha Casa Minha Vida - Entidades. O terreno na zona Leste de São Paulo foi ocupado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em 2014, às vésperas da Copa do Mundo, em protestos pela construção de moradias populares e contra os gastos elevados do governo Dilma Rousseff (PT) com o mundial de futebol. Na época, o MTST era liderado por Guilherme Boulos (PSOL).

O evento marca a primeira agenda pública de Lula e do líder sem-teto na capital paulista, cidade que terá prioridade na agenda de campanha do presidente no ano que vem.


Fonte: O GLOBO