![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNVab8vc0VR94ZCzZM-XQli2DNVk-DktWvfwfROqOWg1ffQ-fFZEQhwXfCpAQDaJANepJBHHV3-7Xz6xCovtt4MlS51_un4K6BrWxaJanPWyoA05479snVneIX9xiM5c4q7XS17FaqzOkhEuv4fVUOVagpn8p6S1wbRza-Zkxa7_rQDXq13q3lAbjA6vJF/s16000/101588338-medico-joao-couto-neto-investigado-pela-policia-no-rs-foto-reproducao-rede-social.webp)
O Cremesp explicou que, quando aceitou o registro de João Couto, sabia que o profissional havia enfrentado uma suspensão de licença no RS, mas que "era obrigado a efetuar o registro do médico", porque a restrição era parcial, de acordo com o G1. Ainda segundo o Cremesp, “cabe às autoridades e ao Conselho do Rio Grande do Sul”.
![](https://s2-oglobo.glbimg.com/zHaaUBCdgZG9bhsnzGe19KbdLAM=/0x0:1000x750/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/L/2/MLEgMmR4Ohg1AikZ6JWQ/joaocoutoneto1.webp)
O mandado de prisão preventiva foi expedido na quarta-feira pelo juiz Guilherme Machado da Silva, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O médico foi indiciado por homicídio doloso — quando há intenção de matar — pela Delegacia de Novo Hamburgo, com base na conclusão de três inquéritos. A polícia suspeita que, ao todo, ele possa estar por trás de pelo menos 42 mortes de pacientes e outros 114 casos de lesão corporal.
Quem é o médico?
No ano passado, quando ainda mantinha no ar suas redes sociais, Couto Neto exibia em seu perfil, como forma de propaganda pessoal, a marca de mais de 25 mil cirurgias realizadas em 19 anos de profissão – uma média de cerca de 1,3 mil por ano. O profissional era participativo na internet, onde ostentava mais de 15 mil seguidores no Instagram, além de outros 13 mil, no Facebook.
Há 1 ano, no dia 12 de dezembro de 2022, quando foi afastado por 180 dias das mesas de cirurgia por decisão da Justiça gaúcha, o cirurgião comentou sobre a marca de "mais de 20 mil cirurgias realizadas" e exaltou o exercício da Medicina.
"Atuar como médico é sempre um grande desafio. Temos plena consciência e certeza de praticar a medicina para a melhor saúde dos pacientes", escreveu. "E com esta responsabilidade e maturidade, nos sentimos confortáveis em afirmar que realizamos mais de vinte mil cirurgias e procedimentos durante os últimos 19 anos, cumprindo os mais elevados preceitos médicos, honrando esta profissão que é a melhor tradução de minha vida."
![](https://s2-oglobo.glbimg.com/xoPWR5AzB_SmbTkic9Yo9GUaBGM=/0x0:938x1600/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/N/E/LyPy5RSCy3qI7EDXbWew/whatsapp-image-2022-12-28-at-13.23.55.jpeg)
Acusações de erro médico
Na publicação, em meio a elogios que eram feitos por pacientes que diziam estar com o profissional há anos, havia também a descrição, por parte de outras pessoas, de um homem que já tinha sua atuação questionada, inclusive por colegas de profissão. São vários os que o acusavam de erro médico.
Segundo o delegado Tarcísio Kaltbac, da Polícia Civil em Novo Hamburgo, que investiga o caso, o médico, que só atuava na rede particular, chegava a acumular até 25 cirurgias num mesmo turno de plantão.
Uma das linhas da investigação da polícia é que esse comportamento visava a aumentar os ganhos financeiros, mas levava à negligência e aos erros médicos. Para o delegado, a quantidade de cirurgias impedia Couto Neto cuidar corretamente das intervenções e dos pós-operatórios. Mas os investigadores ainda tentam entender como falhas tão graves foram cometidas, o que leva à hipótese de crueldade deliberada.
Fonte: O GLOBO
0 Comentários