Gravação mostra um cômodo bagunçado, Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, com camas, bebidas alcoólicas, algumas roupas e sapatos espalhados, além de itens de higiene

Sequestrado e alvo de extorsão durante mais de 24 horas, entre a madrugada de domingo e o momento em que o cativeiro foi descoberto pela Polícia Militar, o ex-jogador Marcelinho Carioca ficou em um cativeiro localizado em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Em vídeo divulgado pela Rádio Bandeirantes, é possível ver que o local era um cômodo bagunçado, com camas, bebidas alcoólicas, algumas roupas e sapatos espalhados, além de itens de higiene. (Veja vídeo abaixo)

Marcelinho foi capturado depois de deixar um show do cantor Thiaguinho na noite de sábado, no estádio do Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste da capital paulista.

Poucas horas após ter sido resgatado de um sequestro em Itaquaquecetuba (SP), o ex-jogador de futebol Marcelinho Carioca contou detalhes sobre o que teria vivido em poder dos criminosos no cativeiro. Segundo o ex-atleta, os bandidos exigiam que ele fizesse transferências bancárias e, armados, diziam que ele teria que colaborar para que eles "levassem tudo".

— Eles diziam: "você tem que colaborar para a gente pegar todo o seu dinheiro". E eu dizia: "só quero que vocês me soltem. Meus filhos, todo mundo deve estar preocupado". É ruim, cara, não é fácil você ter um revólver apontado para a sua cabeça a todo o momento. Mas não fizeram nenhuma maldade com a gente — disse Marcelinho.


Suspeitos de sequestrar Marcelinho Carioca chegam a delegacia

O ex-atleta foi mantido em uma casa com uma mulher identificada como Taís Moreira. Após denúncia anônima, a polícia localizou as duas vítimas por volta do meio-dia de segunda-feira. Cinco pessoas foram presas: duas que estariam diretamente envolvidas com o sequestro e outras três que teriam recebido valores cobrados pela soltura.

O ex-jogador disse que não conseguiu ver os rostos dos criminosos porque ficava quase o tempo todo vendado. Disse ainda que foi forçado a gravar o vídeo em que aparece dizendo que foi sequestrado por ter se envolvido com Taís. Ele nega e disse que a mulher trata-se de uma amiga.

Pelo menos R$ 40 mil foram transferidos das contas do ex-atleta e de um sócio, de acordo com o diretor-geral da Polícia Civil, Artur Dian. Os investigadores apuram o envolvimento de mais pessoas no crime.


Fonte: O GLOBO