No Norte e Nordeste, por outro lado, a chuva foi mínima

O mês de outubro foi de chuvas acima da média no Sul e Sudeste e ondas da calor extremo associadas a baixos valores de umidade do ar, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta sexta-feira.

Os maiores acumulados de chuva se concentraram no leste da Região Sudeste e na maior parte do Sul, conforme mostra o mapa abaixo:

Mapa do Inmet mostra locais com maiores acumulados de Chuva em outubro — Foto: Reprodução

As chuvas causaram alagamentos e deslizamentos ao longo de outubro. Entre os estados, a maior concentração de volumes de chuva aconteceu em Santa Catarina. Episódios de destruição provocados por tempestades continuam a ocorrer no Sul e Sudeste neste início de novembro.

No Sudeste, a alta incidência de chuvas é foi causada pela associação de calor e alta umidade. No Sul, a explicação está no El Niño e na combinação de frentes frias e baixas pressões. No Norte e Nordeste, por outro lado, a chuva foi mínima. De acordo com o Inmet, o El Niño também contribuiu para a pouca ocorrência de chuvas nessas duas regiões.

"O calor extremo foi observado no início e no final do mês, principalmente, onde uma massa de ar quente ganhou força no interior do Brasil", explica o Inmet na nota técnica sobre o mês. Entre os dias 3 e 6 de outubro, uma massa de ar quente fez as temperaturas se elevarem no Norte e Nordeste. 

Uma segunda onda de calor atuou principalmente sobre o Mato Grosso no final do mês. Em Cuiabá, os termômetros marcaram 43,2°C.

Temporal e ventania em SP

As chuvas intensas continuam neste início de novembro. São Paulo foi atingida por uma forte tempestade que levou o caos à capital e à região metropolitana na tarde desta sexta-feira. Por volta das 15h30 a metrópole entrou em estado de atenção em sua totalidade. 

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), raios e ventos de até 100 km por hora acompanham a intempérie. Em Santana a ventania chegou a 94 km por hora. Até o início da tarde deste sábado, bairros de SP seguiam sem luz.

O Aeroporto de Congonhas teve, por sua vez, uma das maiores medições. Até o começo da noite, três mortes haviam sido confirmadas em decorrência das pancadas de chuva e da ventania.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ao menos 874 chamados para quedas de árvores foram registrados. Desabamento e desmoronamentos totalizaram 46 chamados.

Por volta das 17h30 a cidade ja tinha sido retirada do estado de atenção para observação normal. O sol voltou a aparecer ainda no fim do dia, com nuvens. De acordo com o CGE, não há previsão de chuva para os próximos dias. Uma frente fria, contudo, deve baixar as temperaturas no final de semana até a próxima quarta-feira.


Fonte: O GLOBO