Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto vai responder pela morte de Wesley Santos da Silva e por ter tentado matar a namorada da vítima. Segundo o MP, antes dos disparos contra o casal, ele teria importunado sexualmente Rita.

A denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) contra o policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, acusado de matar Wesley Santos da Silva em um bar dentro do Parque de Exposições, foi aceita pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.

Segundo o MP, o policial penal deverá responder pela morte de Silva e também por tentativa de feminicídio contra a namorada do jovem, Rita de Cássia, além de importunação sexual contra Rita.

A juíza Luana Cláudia de Albuquerque Campos considera que a materialidade está presente nas informações reunidas pelo MP. Segundo a magistrada, a denúncia se divide em três argumentações:

“Consta dos inclusos autos de inquérito policial em epígrafe que, na madrugada do dia 7 de agosto de 2023, por volta das 03h50min, durante o evento ExpoAcre 2023, no interior do Parque de Exposições, situado à rodovia AC-40, s/n, loteamento Santa Helena, nesta cidade e comarca de Rio Branco/AC, o denunciado Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, impelido por motivo fútil, matou a vítima Wesley Santos da Silva ao efetuar-lhe disparos de arma de fogo [...]”.

“[...] o denunciado Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, impelido por motivo fútil e por razões da condição do sexo feminino, deu início ao ato de matar a vítima Rita de Cássia da Silva Lopes ao efetuar-lhe disparos de arma de fogo [...]”.

“Pouco antes do primeiro e segundo fatos, o denunciado Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto importunou sexualmente a vítima Rita de Cássia da Silva Lopes ao praticar ato libidinoso, sem a anuência desta, e com o objetivo de satisfazer a própria lasciva”.

Na última terça-feira (24), o MP obteve decisão da Justiça acreana para que Neto tivesse prisão preventiva decretada. O policial penal havia sido solto em audiência de custódia, realizada no dia seguinte ao crime, e teria que cumprir algumas medidas cautelares, como: não frequentar locais que fazem venda ou fornecimento de bebida alcoólica, não entrar em contato com as vítimas e suspensão do porte de arma fora das dependências do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).

Contudo, o MP-AC recorreu e, em segunda instância, obteve a decisão para que o policial penal respondesse ao processo em prisão preventiva. Naquela ocasião, o MP já tinha entrado com recurso contra a decisão.

Fonte: G1