Maioria dos entrevistados considera que quantidade de viagens do presidente é 'excessiva', segundo levantamento

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira indica que as viagens ao exterior do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao exterior e a atenção dada à agenda internacional despertam ressalvas no eleitorado, inclusive naqueles que votaram no petista em 2022. Segundo o levantamento, 55% dos entrevistados consideram "excessiva" a agenda de viagens. A maioria também respondeu que Lula se dedica "mais do que devia" à política externa. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

De acordo com a pesquisa, 60% dos entrevistados consideram que há excesso de atenção de Lula à agenda internacional, enquanto 27% discordam da afirmação e 13% não souberam ou não quiseram responder.

Entre eleitores que declaram ter votado em Lula em 2022, 54% consideram que a dedicação à agenda internacional é maior do que o necessário até agora. Outros 35% discordam da afirmação.

Em relação à quantidade de viagens, a maioria do eleitorado lulista (61%) a considera "adequada", enquanto 33% avaliam como excessiva. Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, 78% consideram excessiva a agenda de viagens de Lula.

No quadro geral, enquanto 55% responderam que a quantidade é excessiva, 37% avaliaram como adequada. Outros 8% não souberam ou não quiseram responder.

Em quase dez meses de governo, Lula visitou mais de 20 países, incluindo destinos como China, Estados Unidos e Índia, além de vizinhos na América do Sul. Nas viagens, o presidente tem buscado marcar um contraponto em relação ao governo Bolsonaro, a quem acusa de ter deixado o Brasil isolado do circuito diplomático.

A pesquisa da Quaest identificou ainda uma percepção dividida dos entrevistados sobre o impacto desta agenda de viagens. Para 40% dos entrevistados, as viagens de Lula trouxeram bons resultados ao país; outros 49% discordam, enquanto 11% não souberam ou não responderam.

A Quaest fez 2 mil entrevistas presenciais entre os dias 19 e 22 de outubro, com brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados do país. A margem de erro é de 2,2 pontos.


Fonte: O GLOBO