Estudantes devem revisar conteúdos de História, Geografia, Filosofia e Sociologia

Falta pouco para o Enem 2023, e é hora de fazer a revisão final para a primeira prova, no dia 5 de novembro. Na área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, serão 45 questões abrangendo os componentes curriculares de História, Geografia, Filosofia e Sociologia. O GLOBO reuniu dicas de professores especialistas nessas disciplinas sobre o que pode ser cobrado na prova (As dicas para a área de Linguagens podem ser conferidas neste link)

Este conteúdo faz parte do canal digital especialmente voltado para estudantes do Enem, e criado em parceria com a Plataforma AZ de Aprendizagem. Até a data da prova, que acontecerá nos dias 5 e 12 de novembro, reportagens exclusivas serão publicadas no site do jornal. Os alunos também podem acessar gratuitamente um almanaque especial com dicas preciosas para os candidatos.

Temas importantes na área de Ciências Humanas

Escravidão: Tema muito recorrente na prova. É importante dar atenção às hierarquias socais presentes entre os escravizados e às diferentes ações desenvolvidas pelos cativos na sociedade brasileira durante o período de vigência da escravidão.

Antiguidade Clássica:
Também muito presente nas edições anteriores do Enem. É válido enfatizar os conceitos de cidadania e democracia na Grécia Antiga, bem como as lutas sociais em Roma.

República Oligárquica: Outro tema muito relevante e bem recorrente. Vale a pena priorizar os conceitos políticos aplicados a esse período e as lutas de diferentes setores da sociedade por garantia da cidadania e ampliação de direitos.

Era Vargas: Período importante para a História do Brasil e que aparece com bastante frequência no Enem. É válido destacar a política econômica, a política trabalhista e o debate em torno da identidade nacional que cresce no país entre as décadas de 1930 e 1940. (Indicações de João Jacomelli, professor de História da Plataforma AZ)

Globalização: Atenção para as relações com as doutrinas econômicas do capitalismo, modificando a relação espaço-tempo, e os meios de transportes e de comunicação, que promovem o aumento das relações econômicas entre os países. Outras abordagens são a formação dos blocos econômicos, os avanços tecnológicos, a maior produção e consumo de bens e serviços globais e a diminuição de barreiras comerciais.

Agentes do relevo:
São comuns questões com ênfase nos agentes internos, como tectonismo, vulcanismo e abalos sísmicos, e suas interferências na vida no planeta. Sobre os agentes externos, é importante atentar para a ação da água e do homem sobre a superfície terrestre.

Agropecuária: Vale estudar a importância do agronegócio, a estrutura fundiária e os tipos de agricultura realizado no país, como também as áreas de produção e os tipos de exploração da mão de obra e da terra. (Indicações de Carlos Vitório Martins Joviano, professor de Geografia da Escola THATHI, parceira da Plataforma AZ)

Idade Média: Conteúdo que ganhou força nos últimos anos. A prova costuma abordar as descentralizações políticas/sociais sofridas no período, poder de influência da Igreja Católica e processo de renascimento comercial ao final da baixa Idade Média, influenciado pelas Cruzadas.

Geografia ambiental e populacional:
Impactos ambientais locais, regionais e globais; Conferências Ambientais; principais atividades que degradam o meio ambiente; importância das Unidades de Conservação e terras indígenas; pirâmide etária; transição demográfica; teorias demográficas; migrações.

Espaço rural: Com destaque para sistemas agrícolas, Revolução Verde, estrutura fundiária brasileira, tipos de relações no campo, conflitos fundiários e novas ruralidades.

Filosofia do Conhecimento:
Atenção ao processo de descoberta e entendimento do conhecimento humano, principalmente ao longo da Era Moderna, com autores como Descartes e David Hume.

Relações culturais: Compreensão dos processos culturais na sociedade, através do entendimento de conceitos de memória, patrimônio material, patrimônio imaterial, etnocentrismo. Vale uma atenção para as correntes da antropologia. (Indicações de Leandro Vieira, coordenador e professor de Filosofia e Sociologia do Colégio Ao Cubo)

Sociologia do trabalho:
Tema que tem aparecido muito, sobretudo sobre as mudanças nas formas de organização do trabalho, tanto no recorte histórico (com Taylorismo, Fordismo, Revoluções Industriais) como também nas discussões contemporâneas sobre precarização do trabalho.

Cidadania e direitos humanos:
Assunto muito recorrente, tanto na Teoria Social Política, abordando o Estado, mas pode aparecer também a questão dos refugiados e territórios. Questões de gênero e a questão racial e decolonial são outros temas quentes.

Justiça ambiental:
Estamos no momento conhecido como ebulição climática, em que as discussões sobre justiça e racismo ambiental estão em voga, e por isso é possível que apareçam. (Indicações de Claudia Bourseau, professora de Sociologia do Colégio Pedro II)

Luta por direitos civis e sociais: Por distintos sujeitos históricos em diferentes momentos da história como, por exemplo, a resistência e a luta dos negros estadunidenses liderados por Martin Luther King, ou a resistência negra e indígena frente ao processo de escravização e exploração nas colônias latino-americanas.

Era Moderna, com destaque ao Estado Moderno e ao Antigo Regime: Características políticas, sociais e econômicas, além dos fenômenos catalisadores de sua crise, tais como Iluminismo e Revoluções Industrial e Francesa, e as grandes navegações, atreladas aos interesses mercantilistas e processo de conquista e colonização da América. (Indicações de Guilherme Cartapatti, professor de História da Escola THATHI, parceira da Plataforma AZ)

República Democrática e ditadura militar: Oposição entre Nacionalismo e Desenvolvimentismo, oposição entre Democracia e Autoritarismo, e inserção internacional.

Economia agroexportadora brasileira: Destaque para o complexo açucareiro, a mineração no período colonial, a economia cafeeira e a borracha na Amazônia. (Indicações de André Sampaio e Thiago Hanashiro, professores de História do Colégio Qi)


Fonte: O GLOBO