A candidíase é uma infecção nos órgãos genitais causada pelo crescimento excessivo de um fungo presente normalmente no organismo chamado Candida albicans

A candidíase é uma infecção nos órgãos genitais causada geralmente pelo crescimento excessivo de um fungo chamado Candida albicans, encontrado normalmente no organismo. Em condições normais, a Candida não causa nenhum dano ao paciente. No entanto, há um desequilíbrio da flora vaginal, que pode ser estimulado por doenças, pelo uso de medicamentos para tratar algum outro problema de saúde ou pelo estresse.

Tipos de candidíase
  • Candidíase masculina: A candidíase também pode afetar os homens. Embora não seja considerada grave nem classificada como infecção sexualmente transmissível (IST), a candidíase requer acompanhamento médico quando se torna recorrente;
  • Candidíase oral: A condição também pode se manifestar na mucosa da boca, principalmente entre bebês. É a candidíase oral, mais conhecida como sapinho.
Causas da candidíase
  • A candidíase é uma infecção causada geralmente pelo crescimento excessivo de um fungo chamado Candida albicans, encontrado normalmente no organismo;
  • No entanto, outras espécies fúngicas, como Candida glabrata, Candida krusei e Candida lusitaniae, também podem causar a infecção, segundo informações do Ministério da Saúde;
  • O desequilíbrio da flora vaginal, estimulado por doenças, pelo uso de medicamentos ou por estresse, pode causar o crescimento descontrolado desse microrganismo.
Em condições normais, a Candida não causa nenhum dano ao paciente.

O que leva uma pessoa a ter candidíase

Cerca de 75% das mulheres experimentam ao menos um episódio de candidíase ao longo da vida, mas homens também podem ser acometidos.

— Pessoas com quadros imunológicos mais debilitados, que fazem tratamentos com algum tipo de antibiótico ou imunossupressores, ou que tenham diabetes, estão mais suscetíveis a desenvolver a candidíase — explica a ginecologista Aline Cristina Camacho Ambrosio, do Hospital Israelita Albert Einsten.

Nas mulheres, a doença se manifesta geralmente durante a idade reprodutiva, mas pode ocorrer antes da puberdade e na menopausa.

Sintomas da candidíase

Os sintomas mais comuns da candidíase em mulheres são:
  • Secreções esbranquiçadas (corrimento vaginal), em flocos ou placas;
  • Coceira;
  • Ardência;
  • Inchaço;
  • Vermelhidão;
  • Dor durante relações sexuais;
  • Dor ao urinar;
  • Fissuras na mucosa vaginal.
Nos homens, os sintomas são:
  • Odor forte e desagradável
  • Irritação e vermelhidão na cabeça do pênis e nos testículos.
O que é candidíase recorrente?

A candidíase passa a ser recorrente quando se manifesta muitas vezes em um intervalo de três a quatro meses. Nesses casos, os sintomas podem variar dos mais comuns até a ocorrência de febre, fadiga, confusão mental, ansiedade, taquicardia, calafrios, hipotensão e outros, conforme informações do Ministério da Saúde.

Como é o tratamento da candidíase recorrente?

A ginecologista Aline Ambrósio explica que, nesses casos, geralmente se faz também o tratamento do parceiro, na tentativa de minimizar a exposição aos riscos continuados:

— Por ter a genitália mais quente e úmida, a mulher acaba desenvolvendo um quadro inflamatório com mais facilidade. Nos homens, ocorre o contrário. Por terem uma genitália mais ventilada, muitas vezes, eles funcionam como colonizadores, transferindo quantidades grandes de fungos às parceiras, mesmo sem desenvolverem sintomas.

Tratamento da candidíase

O tratamento da candidíase é feito com antifúngicos tópicos, como cremes, óvulos e pomadas, ou antifúngicos sistêmicos, como comprimidos de via oral;
Também pode ser recomendado o uso de medicamentos para o alívio da coceira.

Prevenção contra a candidíase
  • Para homens e mulheres, a melhor maneira de se prevenir da candidíase é utilizar roupas que não abafem a região genital;
  • Fazer o uso de sabonetes neutros, como os de glicerina;
  • Investir em uma dieta adequada e saudável;
  • Evite deixar roupas íntimas em ambientes úmidos e que favoreçam o crescimento dos fungos;
  • Também deve ser evitado o uso de alvejantes nessas peças, que, de preferência, devem ser lavadas separadamente do restante das roupas;
  • Para as mulheres, não é bom fazer o uso de absorventes íntimos diários;
  • Se possível, é também recomendado se lavar após as evacuações com água e sabonete neutro.
Fontes: Ginecologista Aline Cristina Camacho Ambrosio, do Hospital Israelita Albert Einsten, e Ministério da Saúde.


Fonte: O GLOBO