Balanço da Ong também mostra que foram produzidas 280 mil mudas de árvores, além de 141.500 árvores plantadas.

O balanço de atividades do ano passado da organização não governamental SOS Amazônia mostra os dados sobre as atividades durante todo o ano de 2022. As atividades incluem capacitação, projetos de reflorestamento e outra ações que focam na recuperação de áreas devastadas.

"A SOS Amazônia realizou 12 projetos, apoiados por parceiros valiosos, em quatro estados da Amazônia. Fazer florescer novas florestas na Amazônia foram as palavras-chave do ano, considerando toda a devastação e o crescimento descontrolado do desmatamento em todo o território brasileiro", destaca no documento, Miguel Scarcello, secretário-geral da SOS Amazônia.

O impacto das ações foram:

175 toneladas de borracha CVP [Cernambi Virgem Prensado] produzidas com apoio de projetos;
280 mil mudas de árvores produzidas;
141.500 árvores plantadas;
36 viveiros comunitários de produção de mudas;
3.285 pessoas envolvidas diretamente com as nossas iniciativas;
15 organizações sociais apoiadas;
19 mil hectares de florestas manejadas e conservadas;
80 hectares em processo de recuperação da cobertura vegetal;
2.100 visitas de assistência técnica e extensão rural e florestal;
35 brigadistas voluntários treinados para resgate de fauna afetada pelo fogo;
400 kg de cacau seco e fermentado;
R$ 2.464.400 gerados por nossos parceiros com a comercialização da produção extrativista;
Atuação em 15 unidades de conservação e duas terras indígenas;
Ajuda na proteção de 5 milhões de hectares de floresta.

Além do Acre, a ONG também atuou no Amazonas, Rondônia, Pará e Amapá.

Faça Florescer Floresta

Unir preservação e economia dentro de comunidades rurais que ocupam áreas de proteção ambiental tem sido um dos principais desafios de ONGs e entidades que trabalham nesse setor. E foi pensando nisso que a SOS Amazônia criou o projeto “Faça Florescer Floresta”, que recuperou, só no ano passado, 80 hectares.

O projeto é desenvolvido no Acre e Amazonas , em 13 municípios: Guajará, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Tarauacá, Jordão, Sena Madureira, Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e ainda em Duas Terras Indígenas: TI Nukini e TI Poyanawa, abrangendo 55 Comunidades.

Foram também:

280 mil mudas produzidas;
28 oficinas de produção de mudas florestais e frutíferas;
1.424 visitas de Assistência Técnica e Extensão Rural e Florestal com foco em Sistemas Agroflorestais (SAF) - diagnósticos e mapeamentos das áreas a serem restauradas e orientações técnicas para a produção de mudas, recuperação das áreas e implantação de SAFs;
141.500 árvores plantadas, sendo 63.300 espécies frutíferas, 50.400 palmeiras e 25.800 espécies florestais;
464 pessoas capacitadas;
594 famílias receberam assistência técnica e extensão rural e florestal;
36 viveiros comunitários construídos/reformados;

Negócios florestais sustentáveis

O projeto Nossabio - Territórios Conservados beneficia diretamente cerca de 315 famílias (1.455 pessoas). Realiza investimentos em estruturação e fortalecimento de cinco cadeias de valor: cacau silvestre, borracha CVP, açaí, artefatos de madeira e ecoturismo.

Além disso, realiza ações para o fortalecimento da governança do território e gestão das organizações de base, Assistência Técnica e Extensão Rural e Florestal (Aterf) para as cadeias da sociobiodiversidade, arranjos comerciais coletivos e a implementação de ferramentas de vigilância comunitária e de atualização dos índices do Sistema de Monitoramento de Unidades de Conservação (Somuc).

Com duração de 30 meses, tem por objetivo implementar ações que promovam a efetividade de gestão em Unidades de Conservação nos Estados do Acre e Rondônia.

Abrangência: Reserva Extrativista Chico Mendes, Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema, Floresta Nacional de São Francisco, Florestal Nacional do Macauã (todas no Acre) e Parque Estadual de Guajará-Mirim (localizado em Rondônia). Envolve os municípios acreanos de Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira, e em Rondônia, os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré.

O relatório completo está disponível no site da ONG. As outras atividades envolve projetos, oficinas e capacitação, incluindo também "Mulheres da Borracha".

Fonte: G1