Chips de aceleração superpotentes da Nvidia fazem lucro da empresa disparar 843%

“Uma nova era na computação começou”, resumiu, em comunicado ao mercado, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, após a empresa divulgar resultados recordes na noite de quarta-feira. Os números são assombrosos. O lucro da empresa subiu 843%, para US$ 6,2 bilhões, no último trimestre.

O preço de suas ações triplicou este ano e a empresa se tornou a primeira fabricante de chips a entrar no clube do US$ 1 trilhão, ou seja, companhias que valem mais do que isso na Bolsa de Valores.

Em outro marco histórico, suas vendas no último trimestre superaram, pela primeira vez, a receita da pioneira Intel.

Os resultados da companhia superaram todas as estimativas e, na manhã desta quinta-feira, as ações da Nvidia operavam em alta de mais de 8% nas negociações prévias à abertura dos mercados em Nova York.

Mas o que explica o sucesso dessa companhia que quase ninguém fora do mundo da tecnologia conhecia até agora?

A Nvidia apostou, antes de suas rivais, no potencial da inteligência artificial.

Co-fundada em 1993 por Huang, que ainda comanda a empresa, a fabricante atuava em um nicho muito específico: chips gráficos e placas aceleradoras para games. Mas Huang logo percebeu que esse tipo de chip de aceleração é particularmente importante para treinar ferramentas de inteligência artificial, porque permite bombardear esses aplicativos com dados muito rapidamente.

A empresa então apostou em processadores cada vez mais poderosos e em softwares para operá-los, deixando para trás - muito para trás - os rivais fabricantes de chips.

Microsoft, Google e todas as big techs estão numa corrida por fornecedores de chips capazes de lidar com as cargas de trabalho intensas exigidas pela inteligência artificial. As empresas têm feito estoques de chips da Nvidia.

Ao mencionar a “nova era da computação”, Hung destacou que o mundo está migrando para uma computação mais poderosa, que possa lidar com a inteligência artificial generativa usada em ferramentas como o ChatGPT.


Fonte: O GLOBO