PF quer esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, a "Operação Constituição Cidadã" com o objetivo de esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das Eleições Presidenciais de 2022. Na ação, Silvinei Vasques, antigo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, foi preso.
O nome da operação é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual, pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito ao voto, maior representação da Democracia.
Em outubro deste ano, a Constituição Federal completará 35 anos. Ela é conhecida como Constituição Cidadã, porque apresenta cláusulas essenciais à manutenção e ao fortalecimento da democracia, como o pluralismo político, o voto direto e secreto, a garantia dos direitos políticos individuais, o princípio da anterioridade da lei eleitoral e as condições de elegibilidade do cidadão que concorre a determinado cargo eletivo.
CGU pede compartilhamento de documentos de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal — Foto: Divulgação/ foto de arquivo
Mandados de busca e apreensão
De acordo com as investigações da PF, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno. Além do mandado de prisão preventiva contra Vasques, os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
Ainda segundo o inquérito, os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país.
Fonte: O GLOBO
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