O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a decisão da Fitch, que elevou a nota de crédito do Brasil (rating soberano), em decisão anunciada nesta quarta-feira. A classificação subiu de "BB-" para "BB". A perspectiva é estável.
A decisão da Fitch coloca o Brasil a duas notas da obtenção do grau de investimento — que é o "selo" de bom pagador, ou seja, que atesta a capacidade do país em honrar seus compromissos. Com ele, o país atrai aportes, pois é entendido como um porto seguro para o investidor. Haddad afirmou que a harmonia entre os poderes é a saída para isso.
— Eu sempre disse, e continuo acreditando, que a harmonia entre os poderes é a saída para que nós voltemos a obter grau de investimento. Um país do tamanho do Brasil não tem sentido não ter grau de investimento. Nós temos um potencial de recursos naturais, de recursos humanos, reservas cambiais, tecnologias, parque industrial. Não tem cabimento esse país viver o que viveu nos últimos dez anos — disse o ministro.
Ele afirmou que, em seis meses de trabalho, conseguiu sinalizar para o mundo que o Brasil é um país de oportunidades.
— Esse caminho será seguido — acrescentou. — Temos tudo para vencer esse jogo, mas tem muito trabalho pela frente.
Haddad disse que tem tido apoio do Congresso, e agradeceu nominalmente os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o movimento da agência está em linha com o que o governo vem anunciando desde o início do ano.
— Hoje é um marco importante. A coroação da Fitch com mudança de nota mostra o caminho correto que estamos seguindo
Fonte: O GLOBO
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