Camisa 9 tenta recuperar espaço e voltar a marcar, o que não acontece desde maio

Poucos atletas escapam do momento ruim vivido pelo Vasco neste Brasileirão, e o centroavante Pedro Raul definitivamente não é uma dessas exceções. Enquanto o time ocupa apenas o penúltimo lugar, o centroavante vive um jejum de gols desde o dia 6 de maio, que incomoda e chegou até a tirar seu espaço. 

Hoje, às 20h, o cruz-maltino entra em campo em São Januário pela 11ª rodada, contra o Goiás, time pelo qual o camisa 9 viveu o melhor momento da carreira e foi vice-artilheiro do Brasileirão de 2022. Uma oportunidade de resgatar aquelas boas memórias.

Foram 19 gols marcados por Pedro Raul, principal referência do ataque esmeraldino naquele campeonato. Se no Vasco o atacante ganhou mais responsabilidades ofensivas, como fazer com mais frequência o papel de pivô para acionar os pontas e disputar mais lançamentos pelo alto, com a camisa do time goiano, as redes eram balançadas no último toque: foram 10 gols marcados com apenas um toque na bola, três com mais de um toque, três de cabeça e outros três de pênalti.

Comprado por pouco mais de R$ 10 milhões pelo Vasco, o jogador viveu bons momentos e chegou a marcar em clássicos e sobre o Palmeiras, mas alternou com cenários de falta de confiança — especialmente após as dificuldades em cobranças de pênaltis.

São nove gols marcados na Colina, onde tem encontrado as redes mais vezes pelo alto: quatro gols de cabeça, três com um toque na bola e dois com mais de um toque.

Com a camisa do Vasco, os jogador toca mais na bola (28,8 toques contra 27,2 no Goiás) e se desloca mais para a ponta direita. Nessa nova realidade, viu os números ofensivos caírem: a média de gols de 0,6 por jogo para 0,2 e o número de finalizações de 2,7 (1,2 no gol) por partida para 2,1 (0,9 no gol).

Internamente, o mau momento incomoda muito Pedro Raul, que perdeu espaço para o jovem Rayan, de 16 anos, que iniciou a derrota para o Internacional como titular — e marcou o gol do 2 a 1. Na ocasião, o técnico Maurício Barbieri garantiu que o camisa 9 não é reserva:

— Ele tinha condições de iniciar, mas não iniciou. Isso aconteceu por conta da estratégia. Queríamos começar com dois segundos atacantes e não com um homem enfiado. Mas ele continua sendo muito importante para nós.


Fonte: O GLOBO