Time tem decisões na Libertadores e Copa do Brasil em meio a momento defensivo ruim

O Flamengo volta ao Maracanã amanhã para começar a definir o que será de seu 2023. Com as três competições em disputa, o time encara o Aucas, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores, para confirmar a classificação. 

Depois dessa partida, terá o Fortaleza em casa pelo Brasileiro, e inicia na sequência o mata-mata da Copa do Brasil, contra o Athletico-PR antes de um confronto direto contra o Palmeiras pelo torneio de pontos corridos.

A trinca de jogos em casa acontece em mais um momento em que o time oscila, mesmo que administre os bons resultados. Há convicção interna de que a mudança no perfil do elenco precisa acontecer, com a chegada de mais reforços, mas isso não pode atrapalhar os objetivos da temporada. 

Hoje, os conhecidos medalhões alternam bons e maus momentos. Agora, Arrascaeta, Gabi e Pedro estão em baixa, enquanto Gerson e Éverton Ribeiro deram respostas positivas nos últimos jogos. Os problemas tem estourado atrás.

Nos dois jogos depois da pausa para a data Fifa, contra Bragantino e Santos, o Flamengo sofreu seis gols fora de casa, e ligou o sinal de alerta para que a situação no Brasileiro não se repita nas demais competições. Em seus domínios, a média na temporada é de menos de um gol sofrido por partida. A queda do poder de competir sob o comando de Jorge Sampaoli também preocupa.

Foi justamente nos jogos pela Copa do Brasil, contra o Fluminense, que a maior intensidade aliada ao talento dos jogadores pesou a favor do Flamengo. Naquele momento o treinador parecia ter encontrado o equilíbrio da equipe, mas ele não se sustentou. Não à toa há sobrecarga na última linha, formada por Léo Pereira e Fabrício Bruno. 

Com ou sem David Luiz, a defesa se tornou mais vazada, e a proteção de Thiago Maia, Pulgar e Gerson tem se mostrado insuficiente. Depois das 36 finalizações sofridas para o Bragantino, foram 12 contra o Santos.

Com a bola, houve evolução em relação ao jogo anterior, e mais presença de área, o que levou à vitória e a avaliações positivas de Sampaoli nos bastidores. O técnico ainda não entendeu a queda de produção brusca na goleada em Bragança Paulista e tem trabalhado para motivar os jogadores no dia a dia. Os treinos puxados seguem independentemente de quem torça o nariz.

 E o treinador já deixou claro que não vai escalar jogador pelo nome. Dessa vez, sobrou para Arrascaeta, que ainda não conseguiu recuperar o bom nível após problemas de lesão.

Pedro e até Ayrton Lucas voltaram da Data Fifa com atuações ruins. O mesmo vale para Gabigol, que fez um trabalho físico especial, mas tecnicamente não corresponde como antes. O fiel da balança da equipe tem sido Gerson, que quando vai bem costuma ser importante para as vitórias rubro-negras. De qualquer forma é a soma dessas forças e talentos em desequilíbrio que impactam em um Flamengo que vence mas nunca convence de vez.


Fonte: O GLOBO