Expectativa é que seja anunciado o relançamento do programa de combate ao desmatamento na Amazônia

Depois de ver o governo dar aval para o Congresso promover a retirada de atribuições de sua pasta, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deve ser prestigiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, durante ato de celebração do Dia do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto.

A expectativa é que seja anunciado um pacote de medidas para a área, inclusive com o relançamento do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Marina ainda fará à noite um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão.

Foi graças ao PPPCDam, lançado durante a primeira passagem de Marina pelo Ministério do Meio Ambiente, que foi possível reduzir o desmatamento em 67,6%. O programa prevê o monitoramento de controle de áreas de derrubada da floresta por meio de alertas de satélites.

O evento desta segunda-feira deve ter a participação de embaixadores de países europeus, que esperam do governo brasileiro empenho para reduzir o desmatamento na Amazônia. Lula deve enfatizar o compromisso de seu governo com as questões ambientais. A gestão petista sabe que o empenho para reduzir os efeitos das mudanças climáticas é fundamental para garantir a boa imagem do país no exterior.

Na semana passada, a Câmara e o Senado aprovaram um relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) que alterou a medida provisória do governo sobre a estruturação dos ministérios. A pasta do Meio Ambiente perdeu a administração do Cadastro Ambiental Rural (CAR), transferida para pasta da Gestão, e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que passou para o Ministério da Integração Nacional.

Além disso, Marina ainda viu, no mês passado, o Ministério das Minas e Energia e a Petrobras se manifestarem contra uma decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) que não autorizou a pesquisa de petróleo em uma área na foz do Rio Amazonas. Na ocasião, Lula disse "achar difícil" que haja impacto para o meio ambiente já que o ponto fica a 530 quilômetros de distância da foz do rio.


Fonte: O GLOBO