Corregedoria da instituição cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a dois servidores em Minas Gerais

Porto Velho, RO - Dois agentes da Polícia Civil de Minas Gerais são investigados por possível envolvimento no vazamento de fotos da autópsia do corpo da cantora Marília Mendonça. A Corregedoria da instituição cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos nesta terça-feira (23).

Segundo fontes, um dos suspeitos é um homem de 48 anos, ex-subinspetor da Delegacia da Mulher de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Atualmente ele trabalha como plantonista.

Membros da corregedoria estiveram na casa do investigado. Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontrados uma bucha e um cigarro de maconha, dez pedras de crack e 45 pinos com cocaína na casa e no carro dele.

Na ocasião, o homem acabou preso por tráfico de drogas. Ele foi solto nesta terça-feira (23), após conseguir um habeas corpus na Justiça. A juíza Arlete Aparecida da Silva Coura afirmou que não há motivos que justifiquem a manutenção da prisão preventiva e que o investigado é "primário e não possui registros criminais".

Já a outra investigada é uma servidora do setor de toxicologia do IML (Instituto Médico-Legal) de Belo Horizonte. A corregedoria fez buscas no local de trabalho da servidora. Ela não foi presa.

A Polícia Civil não confirmou oficialmente a identidade dos investigados. Em nota, a corporação limitou-se a informar que a investigação continua em andamento na Corregedoria-Geral do órgão.

"A investigação encontra-se em seu curso regular, buscando a elucidação do caso para a devida responsabilização administrativa e criminal dos envolvidos. A PCMG salienta que não coaduna com a prática de condutas ilícitas e buscará dar a resposta adequada à sociedade, no menor prazo possível", concluiu.

O caso é investigado desde o dia 13 de abril deste ano, quando fotos da necrópsia viralizaram em redes sociais. No dia 17 do mesmo mês, André Felipe de Souza Alves Pereira, de 22 anos, foi preso em Santa Maria, no Distrito Federal, sob a suspeita de ter compartilhado o conteúdo na internet. O homem também teria fotos dos corpos dos cantores Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, mortos em 2019 e 2015, respectivamente. O jovem foi denunciado pelo caso.

Fonte: R7