Buscas continuam ao longo do dia. Governador do AM pediu reunião entre prefeito e ministro Waldez Góes para pensar próximos passos após tragédia

Na manhã seguinte à tragédia que deixou pelo menos 8 mortos na comunidade Nova Floresta, no bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus, as autoridades se mobilizam para identificar os corpos das vítimas que acabaram soterradas após um deslizamento de terra causado pelas chuvas que atingiram a região. Entre os mortos estão 4 crianças. Ao todo, são cinco pessoas do sexo masculino e três do sexo feminino, segundo o Corpo de Bombeiros.

Os órgãos estaduais informaram, na manhã desta segunda-feira (13), que, no Instituto Médico Legal, o Departamento de Polícia Técnico-Científica usa toda a estrutura de identificação disponível e irá solicitar o apoio da Polícia Federal para identificar as vítimas. Isso porque informações indicam que quatro dos mortos são imigrantes de origem venezuelana.

Além disso, o governador do Amazonas, Wilson Lima (União), afirma que ligou para o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e solicitou uma reunião entre ele e o prefeito da capital, David Almeida (Avante), em busca de apoio do governo federal.

Buscas continuam

Ao todo, nove casas foram atingidas pelo deslizamento. Segundo os bombeiros, três pessoas foram resgatadas com vida e receberam os primeiros socorros no local. As buscas por possíveis vítimas continuam.

Em nota, o governo do Amazonas disse ainda que, desde a noite de domingo, quando tudo aconteceu, toda a estrutura do estado está mobilizada na busca de possíveis vítimas e no atendimento dos moradores afetados pelo desabamento. Atuam no resgate 44 homens do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. As famílias desabrigadas estão sendo atendidas pela Assistência Social.

— Aqui é um local de difícil acesso e a gente contou com o apoio incansável de toda a comunidade na busca por desaparecidos — disse o governador, no local da tragédia.

Área de risco

O desmoronamento do barranco no Jorge Teixeira ocorreu em uma área de risco e atingiu aproximadamente 11 casas, que ficavam na parte debaixo do barranco. Nesta parte da cidade, foram 96 milímetros de chuva, muito acima da média.

Conforme levantamento das equipes da Seminf, "as chuvas intensas e concentradas em um curto período tornam as encostas suscetíveis aos deslizamentos. O aumento repentino no volume de água recebido pelo solo íngreme provoca o encharcamento do talude e a consequência são os deslizamentos de terra."


Fonte: O GLOBO