Ex-deputado é alvo de operação um dia após fim do mandato na Câmara e foi detido em residência em Petropólis, região Serrana do Rio de Janeiro
O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira em sua residência localizada em Araras, bairro nobre de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O parlamentar foi detido por três viaturas ostensivas da PF, que contava com um grupo de pronta intervenção.
Localizada a poucos metros da BR140 e de uma Associação dos Moradores, a residência do ex-parlamentar fica no alto de uma colina e tem um modelo arquitetônico antigo, que data dos anos 1960. A região é bastante residencial, arborizada e a propriedade fica à beira de um rio.
Com uma decoração clean — neutra com poucos objetos de destaque como no jardim bem cuidado que conta com cataventos coloridos — destaca-se uma bandeira do Brasil hasteada em um deck de bandeira com cadeiras de praia. Desde a campanha de 2018, o símbolo nacional se tornou uma referência para os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
Além dos agentes, um grupo de cinco amigos do deputado federal também acompanhavam a operação. Um deles chegou a ameaçar um repórter presente no local, que fazia registros da fachada.
Nesta quarta-feira, Silveira se tornou alvo de operação um dia após a perda de seu mandato enquanto deputado federal por desrespeitar medidas cautelares, além de proferir constantes ataques ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Daniel Silveira é preso pela PF em Petrópolis
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o cancelamento de passaportes no nome do ex-deputado e a suspensão de registros de porte de arma de fogo e de certificados de colecionador, atirador e caçador (CAC).
Além disso, Silveira só pode receber visitas de advogados e familiares e está proibido de dar entrevistas. Nesta quarta-feira, também foram apreendidos armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos e o passaporte do ex-deputado federal.
Fonte: O GLOBO
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