Marileide Kinka Manchineri e o filho foram levados à Maternidade Barbara Heliodora, onde seguem em estado estável

A indígena Marileide Kinka Manchineri, de 35 anos, que deu à luz um menino na última sexta-feira (10) após passar 10 dias em trabalho de parto aguardando por resgate na Terra Indígena Mamoadate, em Assis Brasil, no interior do Acre, foi transferida junto com o bebê para a Maternidade Barbara Heliodora, em Rio Branco, no sábado (11) após a chegada de equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

A informação foi confirmada pelo gestor de Políticas Indígenas Vanderson Brito, que informou que mãe e filho passam bem. “Ela veio para receber atendimento em Rio Branco. Não tenho certeza sobre acompanhantes, mas acredito que veio alguém sim. Estão bem, estáveis e evoluindo bem”, explicou

O líder indígena Ninawa Huni Kui, que também faz parte do Conselho de Saúde e acompanhou o caso, disse que ainda não conseguiu notícias sobre a indígena e o recém nascido, mas também deve vir a Rio Branco.

Na última quinta-feira (9), a Associação Manchineri da Aldeia Extrema (Mappa) divulgou um pedido às autoridades para que agilizassem o resgate da mulher por medo dela morrer na localidade.

Os familiares chegaram a informar ao líder indígena Ninawa Huni Kui que o bebê já estaria sem vida, porque a mãe apresentava hemorragia. Segundo a denúncia, não houve retorno quanto ao pedido de resgate feito às autoridades.

O gestor de Políticas Indígenas Vanderson Brito confirmou ainda na quinta-feira (9) que conseguiu o resgate aéreo para a indígena. Também na manhã de sexta, a Justiça ordenou que os órgãos da saúde fizessem o resgate da indígena com remoção área. As equipes chegaram na aldeia quando o parto já havia ocorrido com trabalho do pajé.

Fonte: G1/AC