Mesmo perdendo importância, torneios seguem minando trabalhos nos clubes, que iniciam o ano já sob críticas nos estádios
Não é de hoje que os campeonatos estaduais perderam sua força e glamour. Clubes e torcedores almejam conquistas maiores, ao mesmo tempo em que são expostas as dificuldades enfrentadas por conta do calendário inchado.
Mesmo assim, também virou rotina que, em todo início de ano, treinadores e jogadores sejam pressionados e vaiados por atuações ou resultados ruins contra os times de investimento e divisões inferiores, o que acaba minando o início de uma temporada que é repleta de expectativa para diversos times.
Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz analisou a situação das vaias e críticas precoces nos estaduais pelo Brasil:
— Digo que tem duas formas de ver o futebol. Nós que trabalhamos com ele, nos preocupamos com parte física, se o jogador está bem, se o salário está em dia, contratações, etc. Tem a tensão do trabalho. O torcedor quer sentar na arquibancada e ser feliz, extravasar, sorrir. Então muitas vezes ele não tem a paciência necessária para entender que é um início.
Na última quinta-feira, por exemplo, o Fluminense de Fernando Diniz, terceiro colocado do último Campeonato Brasileiro e vice-líder do Carioca, saiu de campo no Maracanã vaiado após empatar com o Boavista.
Embora os resultados recentes sejam bons, assim como o cenário para 2023, e o fato do Flu ter retornado das férias há menos de um mês possa justificar o desempenho abaixo, já que os jogadores, alguns recém-chegados, estão realizando a pré-temporada com o Estadual em andamento, o técnico Fernando Diniz deu razão aos tricolores que vaiaram o time:
— Nossa função é fazer o melhor que a gente pode e alegrar a torcida. O torcedor tem que ficar aborrecido mesmo, porque foi uma desatenção muito grande. Mas o que muda em relação ao time? Isso não muda nada.
Presidente do Fortaleza, Marcelo Paz analisou a situação das vaias e críticas precoces nos estaduais pelo Brasil:
— Digo que tem duas formas de ver o futebol. Nós que trabalhamos com ele, nos preocupamos com parte física, se o jogador está bem, se o salário está em dia, contratações, etc. Tem a tensão do trabalho. O torcedor quer sentar na arquibancada e ser feliz, extravasar, sorrir. Então muitas vezes ele não tem a paciência necessária para entender que é um início.
Na última quinta-feira, por exemplo, o Fluminense de Fernando Diniz, terceiro colocado do último Campeonato Brasileiro e vice-líder do Carioca, saiu de campo no Maracanã vaiado após empatar com o Boavista.
Embora os resultados recentes sejam bons, assim como o cenário para 2023, e o fato do Flu ter retornado das férias há menos de um mês possa justificar o desempenho abaixo, já que os jogadores, alguns recém-chegados, estão realizando a pré-temporada com o Estadual em andamento, o técnico Fernando Diniz deu razão aos tricolores que vaiaram o time:
— Nossa função é fazer o melhor que a gente pode e alegrar a torcida. O torcedor tem que ficar aborrecido mesmo, porque foi uma desatenção muito grande. Mas o que muda em relação ao time? Isso não muda nada.
Seria muito cruel e injusto achar que uma bola no final do jogo muda tudo que você pensa. Mas, a gente acaba aprendendo nos erros.
Situação parecida viveu o Botafogo, que no segundo jogo da temporada com o elenco principal, mas dessa vez com o time cheio de reservas, foi para o intervalo vaiado pelos torcedores que assistiam à partida contra o Madureira, no Luso-Brasileiro, pelos 45 minutos de pouco brilho.
Situação parecida viveu o Botafogo, que no segundo jogo da temporada com o elenco principal, mas dessa vez com o time cheio de reservas, foi para o intervalo vaiado pelos torcedores que assistiam à partida contra o Madureira, no Luso-Brasileiro, pelos 45 minutos de pouco brilho.
Na segunda etapa, mais bem postado em campo, construiu os gols com certa tranquilidade e venceu por 2 a 0.
Melhor jogador em campo, Gabriel Pires estampa bem o que foi a partida. Um dos mais criticados no primeiro tempo, o meia eu a volta por cima no segundo com um gol, uma assistência e lindos dribles.
— Admiro muito a torcida, são fundamentais no dia a dia do clube. Eu fico triste, mas entendo quando não gostam, vaiam.
Melhor jogador em campo, Gabriel Pires estampa bem o que foi a partida. Um dos mais criticados no primeiro tempo, o meia eu a volta por cima no segundo com um gol, uma assistência e lindos dribles.
— Admiro muito a torcida, são fundamentais no dia a dia do clube. Eu fico triste, mas entendo quando não gostam, vaiam.
Mas também admiram quando precisa. Eu sei que o Gabriel entende isso. Entende que há momentos que temos que nos recompor. Ele se recompôs, saiu por cima e isso mostra o caráter do jogador e da equipe — analisou o técnico Luís Castro.
Lucas Piazon, por sua vez, foi além. Também vaiado no primeiro tempo, o jogador não escondeu o incômodo com as críticas na primeira etapa.
— É um pouco chato às vezes, mas hoje alguns me cobraram e me aplaudiram. Às vezes a gente escuta ali no campo. Tenho o apoio do grupo e da comissão e vou continuar fazendo o meu melhor — falou.
Cobranças em SP
Em São Paulo, Palmeiras e Santos também conviveram com as críticas da torcida após resultados abaixo no Estadual. Atual campeão brasileiro, o time de Abel Ferreira, que hoje decide a Supercopa do Brasil com o Flamengo, saiu de campo aos gritos de “queremos jogador” por parte da torcida após empatar em 0 a 0 no clássico com o São Paulo.
Lucas Piazon, por sua vez, foi além. Também vaiado no primeiro tempo, o jogador não escondeu o incômodo com as críticas na primeira etapa.
— É um pouco chato às vezes, mas hoje alguns me cobraram e me aplaudiram. Às vezes a gente escuta ali no campo. Tenho o apoio do grupo e da comissão e vou continuar fazendo o meu melhor — falou.
Cobranças em SP
Em São Paulo, Palmeiras e Santos também conviveram com as críticas da torcida após resultados abaixo no Estadual. Atual campeão brasileiro, o time de Abel Ferreira, que hoje decide a Supercopa do Brasil com o Flamengo, saiu de campo aos gritos de “queremos jogador” por parte da torcida após empatar em 0 a 0 no clássico com o São Paulo.
Além disso, os muros do CT do clube alviverde foram pichados com insultos e críticas à presidente Leila Pereira.
— (Peço) Que fiquem calmos e tranquilos. Não consigo entender ansiedade fora. Vejam clubes como Liverpool. Não ganhou nada ano passado com os mesmos jogadores e treinadores. Não vamos ganhar sempre. Gostamos de filé mignon, mas também precisamos comer coxinha de frango. Não precisa entrar ninguém. Só se sair. Um ou dois jogadores, não mais do que isso — respondeu o técnico Abel Ferreira.
O Santos, que vem fazendo campanha irregular no Paulista, tem sido bastante cobrado por seu torcedor. Na última quarta, foi vaiado após empatar sem gols com o Água Santa, na Vila Belmiro.
— (Peço) Que fiquem calmos e tranquilos. Não consigo entender ansiedade fora. Vejam clubes como Liverpool. Não ganhou nada ano passado com os mesmos jogadores e treinadores. Não vamos ganhar sempre. Gostamos de filé mignon, mas também precisamos comer coxinha de frango. Não precisa entrar ninguém. Só se sair. Um ou dois jogadores, não mais do que isso — respondeu o técnico Abel Ferreira.
O Santos, que vem fazendo campanha irregular no Paulista, tem sido bastante cobrado por seu torcedor. Na última quarta, foi vaiado após empatar sem gols com o Água Santa, na Vila Belmiro.
Fonte: O GLOBO
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